Redes sociais substituíram mobilizações de rua, como as de 2013, diz cientista político

Por Paulo Cesar Magella

Dez anos depois dos eventos de 2013, quando milhares de pessoas foram às ruas para manifestar em torno de causas difusas, há uma discussão sobre suas consequências, já que a discussão política ganhou um novo foco a partir daí. Para o professor e cientista político Raul Magalhães, os eventos de 2013, na sua avaliação, tiveram impacto até 2016, quando ocorreu o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Mas ele considera que, a partir daí, a questão central foi outra, com a entrada em cena das redes sociais.

No entendimento do professor, os eventos de 2018 não são uma continuidade do que ocorreu em 2013. Foi uma mobilização mais forte na internet. “O crescimento da extrema direita se dá, sobretudo, pelas redes sociais”. A pandemia também teve forte influência na redução das mobilizações. “A gente teve uma descontinuidade do que começou em 2013. Em 2018 a rede teve preponderância”. Tal via deve continuar sendo o principal instrumento nos próximos pleitos. “É improvável que o campo conservador considera produzir grandes manifestações de rua como as que foram feitas contra Dilma. Não há uma articulação que justifique esse caminho. As redes sociais devem continuar sendo a forma dominante de se fazer política”, finalizou.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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