Zema deve confirmar Simões como vice, enquanto Bolsonaro pode tirar Carlos Viana da sucessão em Minas

Por Paulo Cesar Magella

A decisão do apresentador Eduardo Costa de retirar sua possível candidatura a vice-governador na chapa de Romeu Zema, ante o veto do seu próprio partido, Cidadania, em federação com o PSDB, liberou o governador para buscar uma solução caseira. O nome mais cotado é do ex-secretário de Governo Mateus Simões, que já tinha se desincompatibilizado pensando nesta possibilidade. Costa desistiu, mas fez duras críticas aos tucanos, especialmente o deputado Aécio Neves.

Os tucanos reagiram às declarações do apresentador e, por meio de nota, destacaram que política “impõe certos ritos que devem ser respeitados”. O partido destacou, ainda, que em momento algum vetou a candidatura de Costa por saber que ela era previamente inviável, sendo utilizada apenas como um jogo para o governador apresentar chapa pura.

Leia a íntegra da nota:

“O PSDB de Minas Gerais lamenta profundamente os termos da manifestação do radialista Eduardo Costa ao anunciar que não será candidato ao cargo de vice-governador. A política impõe certos ritos que devem ser respeitados.

Jamais houve qualquer veto pessoal à pretensão de Costa. Apenas o PSDB já havia optado, como é legítimo, por apresentar o nome do deputado Marcus Pestana como candidato a governador, o que, por si só, inviabilizaria a aliança no primeiro turno com qualquer outra candidatura, inclusive a do governador Romeu Zema.

Na política nem sempre as coisas ocorrem da forma como imaginamos e esperamos. Mas isso não nos desobriga de manter as nossas relações no campo do respeito mútuo. É isso que temos feito em relação a todos os candidatos e em especial em relação ao Cidadania, partido que hoje está federado com o PSDB em todo o Brasil.

A nós, do PSDB, sempre pareceu claro que, ao convidar para compor a chapa do governador Zema um nome que fazia parte da federação com um partido que já tinha um candidato colocado ao Governo, no caso o PSDB, na verdade, o Novo buscava um artifício para manter a sua chapa pura, sem alianças.

Lamentamos que o radialista não tenha compreendido isso e, mais ainda, não tenha, no momento politicamente adequado, qual seja, no início das especulações com o nome dele, manifestado seu desinteresse em ser representante da federação PSDB-Cidadania. Versão trazida à tona apenas agora.

A referência oportunista a ações na Justiça, que já foram esclarecidas e encerradas, não contribui para o bom debate político. Esperamos que nessas eleições o debate de ideias prevaleça sobre ataques pessoais e à honra de quem quer que seja. O PSDB sempre agiu dessa forma e continuará a fazê-lo.”

 

Bolsonaro deve receber Viana no Palácio e pode retirá-lo da disputa em Minas

O governador também tem outra questão a ser resolvida: subirá ou não no palanque do presidente Jair Bolsonaro? Depois da conversa que tiveram sexta-feira, em Uberaba, algumas decisões entraram na agenda desta semana. Uma delas é a possível retirada da candidatura do senador Carlos Viana o governador e do candidato ao Senado, Marcelo Álvaro Antônio. Ambos teriam uma reunião com o presidente nesta terça-feira, em Brasília. Com a retirada de ambos, Zema e Bolsonaro poderiam ficar mais próximos, mesmo informalmente em Minas.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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