O que brilhou na semana mais exclusiva da moda em Paris e vai inspirar coleções de festa mundo afora. Com sofisticação e luxo em cada detalhe, as ‘maisons’ reafirmaram o poder da moda em transformar tecido em arte.

Paris voltou a ser o centro do universo fashion durante a Alta-Costura Inverno 25/26. Semana de moda seleta, com número reduzido de desfiles, regras da exigente Federação de Moda francesa, convidados escolhidos a dedo e peças únicas. O foco não é comercial, como nas ‘fashion weeks’ tradicionais. O objetivo é exaltar a identidade de cada ‘maison’, da técnica apurada ao trabalho artesanal que revela o ‘savoir-faire’ dos ateliês.

Destaques na passarela
Silhuetas bem definidas dominaram as passarelas: cinturas marcadas, quadris em evidência, ombros estruturados ou à mostra, brilhos metálicos e decotes sem alças deram o tom da temporada.
Golas e lapelas dramáticas, formas arquitetônicas e exageradas trouxeram o toque teatral que a ‘haute couture’ preconiza. As saias ganharam volume com armações internas, evocando o glamour de épocas passadas. O peplum – aquele babado ou ‘sainha’ na altura da cintura lançada pela Dior nos anos 1940 – ressurgiu com força, muitas vezes moldado como um ‘corselet’.
O dourado foi rei absoluto da cartela de cores, seguido por vermelhos intensos, rosas suaves e um surpreendente amarelo. Uma das coleções mais suntuosas e elegantes, a Giorgio Armani Privé apresentou o preto sofisticado e muito fascinante.
Franjas e babados em camadas trouxeram movimento e um toque romântico. Entre os acessórios, as luvas apareceram enfeitadas e em comprimentos variados. A gargantilha foi a joia de destaque.
Os materiais mais vistos foram o luxuoso veludo, ‘tweed’, renda, tule e seda, com destaque ainda para o couro.

O toque final
No quesito beleza, maquiagens e penteados impactantes acompanharam as primorosas coleções.
O batom preto vinílico criado pela ‘beauty artist’ Pat McGrath para a Schiaparelli roubou a cena e foi destaque em editoriais de moda mundo afora. Para criar os lábios pretos com acabamento brilhante, ela usou lápis preto e gloss transparente.
A estética ‘clean girl’ também foi uma das apostas: coque com maquiagem mínima. A pele iluminada ao natural também reinou.
Na Chanel, o coque apareceu com precisão milimétrica, mas ganhou leveza com fios estrategicamente soltos na parte de trás da cabeça.
FICHA TÉCNICA:
Looks: Elie Saab Haute Couture/ Schiaparelli/ Zuhair Murad Fotos: site das ‘maisons’