Talvez a cerveja Heineken de Amsterdam tenha sido a primeira a surgir por aqui nos cascos de vidro verde. Eu, particularmente, me lembro da dinamarquesa Carlsberg chegando na mesma época, mas essa já não existe à venda no mercado local. Fato é que o líquido produzido pela cerveja holandesa demorou um pouco, mas ganhou o paladar do brasileiro. Lembro também do Gabriel, do Bar du Buneco, me contando que custava a vender UMA caixa por mês de Heineken, e que pouco tempo depois viu as vendas alcançarem inimagináveis 200 caixas, fazendo com que ele passasse sufoco numa época em que a marca sumiu das distribuidoras, o que o fazia recorrer a mercados para ter no estoque a bebida mais pedida pelos clientes do bar do Manoel Honório. Na esteira do sucesso desta marca e atrelado – no meu ponto de vista – a essa nova tendência do “casco verdinho”, surgiram nos botequins as brejas trazidas pela Ambev, como a Stella Artois, de origem belga, a Becks – cerveja alemã mais vendida no mundo – e mais recentemente a Spaten: igualmente alemã, mas originária de Munique. Pelas nossas bandas, as cervejarias logo se assanharam e o vidro verde também ganhou líquido diferenciado em seu interior, como na Ecobier e sua versão de cerveja lager, sendo seguida pela petropolitana Império em sua garrafa long neck com abridor que remete à forma como abrimos latas, e mais recentemente até a Cabaré, marca famosa pela cachaça e que resolveu entrar no mercado cervejeiro com uma cerveja igualmente engarrafada no casco verde. Meu colega e seguidor no Instagram do perfil @butecosdejf Ricardo Bedinelli me indicou recentemente uma Krug German Pils, cerveja produzida em Nova Lima (MG), cujo bar eu já visitei em BH e logo fiquei fã. Como podem pensar, a cerveja indicada por ele é envasada em casco verde de rótulo muito bonito, mas infelizmente ainda difícil de encontrar em nossa cidade, o que me privou de experimentar o líquido até o presente momento. Fica a dica para as distribuidoras e supermercados: bora trazer mais uma verdinha para as prateleiras? A gente agradece a iniciativa! E beberemos com gosto!
Finalizando: não estou aqui muito preocupado com o motivo da adoção do vidro verde, tampouco se isso é uma característica de algum estilo de cerveja, a ideia é só mostrar o crescimento deste tipo de envasamento de cervejas, e claro, beber o que vier nos respectivos frascos, sejam eles verdes, translúcidos, opacos ou no nosso tradicional vidro âmbar, que nos vem servindo fazem anos tanto com cerveja, refri e até pinga da boa! Portanto, deixo aqui o meu brinde, seja lá qual for a cor do seu casco de cerveja: saúde a todos!