Falando em série

Por JÚLIO BLACK

Oi, gente.

Não sei quanto a vocês, mas “Game of Thrones” me irrita profundamente. Vivemos na época em que as informações varrem o globo num clique de celular, tablet, controle remoto ou PC, sendo bombardeados por notícias de morte, roubo, corrupção, impunidade, guerras… E você busca as séries de TV para entretenimento, com a expectativa de que o final de cada episódio seja empolgante, surpreendente, mas sempre positivo de alguma forma – o que não quer dizer exatamente final feliz, mas que nos permita um pouco de diversão.

E este não é o caso de “Game of Thrones”. Enquanto os Lannisters da vida morrem quase que num sopro – quando morrem, aliás -, os Starks e afins precisam sofrer, ser torturados, ter cabeças explodidas ou massacrados em Casamentos Vermelhos. Ou serem eternamente idiotas em um nível Sansa Stark, uma mosca morta que obedece a qualquer um que tenha um pouco mais de ação. A série já entrou em seu quinto ano e continuamos com as expectativas não correspondidas, e isso cansa. A impressão que fica é a de que teremos um final infeliz, com George R. R. Martin aparecendo após os créditos, gargalhando, e dizendo “peguei vocês, otários!”.

Se o mundo é mau, como diria meu amigo Wally, a ficção precisa nos dar um pouco de alívio.

Mas aproveitemos o espaço para comentar algumas séries que já encerraram suas temporadas. “Gotham”, por exemplo, começou muito bem, mas o excesso de episódios travou o desenvolvimento da trama. Pinguim e o Charada estão entre os pontos positivos, já a Barbara psycho pode ser um bom achado. James Gordon atirando como se estivesse num filme do John Woo, na season finale, também foi show. Mas que nunca, jamais, retornem com a Fish Mooney, a personagem mais insuportavelmente chata de todas as séries inspiradas nos quadrinhos.

“Marvel’s Agents of Shield” continua melhorando, mostrando o confronto com a Hidra, a revelação dos Inumanos, Krees e as tramas paralelas. Os conflitos entre os personagens foram interessantes. “The Big Bang Theory”, sejamos francos, sobrevive com apenas um plot realmente interessante: as mudanças pelas quais o Sheldon tem passado graças ao relacionamento com a Amy. O resto é só embromation. “New girl” tem a Zooey Deschanel, e isso é mais que suficiente.

E ainda temos “Vikings”, uma das preferidas da Leitora Mais Crítica da Coluna, com suas batalhas sanguinolentas, acordos e traições, conspirações e um belo gancho para o quarto ano. O ator que interpreta Ragnar Lothbrok continua excepcionalmente canastrão, e o Rei de Wessex, com aquele cordão no melhor estilo “Miami Vice”, é um belo de um safado.

É o que temos para o momento, então vamos aproveitar que já é sexta-feira.

Vida longa e próspera. E obrigado pelos peixes.

Júlio Black

Júlio Black

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