Papa Francisco gravou álbum de rock progressivo com 11 faixas; ouça

Entre seus gestos menos convencionais, está a participação em um álbum lançado em 2015, que mistura mensagens do pontífice com arranjos de rock progressivo


Por Agência Estado

22/04/2025 às 11h22- Atualizada 22/04/2025 às 11h23

O papa Francisco, que morreu na madrugada desta segunda-feira (21), ficou conhecido pelo perfil progressista e por adotar posturas mais abertas à diversidade dentro da Igreja Católica. Entre seus gestos menos convencionais, está a participação em um álbum lançado em 2015, que mistura mensagens do pontífice com arranjos de rock progressivo.

O disco, chamado Wake up!, reúne trechos de sermões em diferentes idiomas – entre eles, português – acompanhados por composições criadas por músicos italianos. A faixa Wake up! Go! Go! Forward!, a primeira a ser divulgada, usa uma fala de Francisco feita na Coreia do Sul em 2014 e traz um instrumental que remete ao rock dos anos 1970.

A ideia foi do produtor Don Giulio Neroni, que já havia trabalhado com os dois papas anteriores. À revista Rolling Stone ele explicou que o projeto buscava refletir a postura de Francisco como um papa do diálogo e da escuta, conectando a música contemporânea à tradição dos hinos religiosos.

Entre os autores das faixas está Tony Pagliuca, ex-integrante da banda italiana de rock progressivo Le Orme. As composições foram pensadas para ampliar o alcance das mensagens do pontífice, sem deixar de lado o conteúdo espiritual.

Apesar de outros papas também terem lançado registros musicais, Francisco foi o primeiro a explorar o gênero com tanta liberdade. O álbum chegou à 50ª posição na parada cristã dos Estados Unidos e ficou em 4º lugar na categoria world music.

A morte do papa Francisco

O papa Francisco morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, conforme divulgou o Vaticano ainda durante a madrugada. Um acidente vascular cerebral (AVC) e colapso cardiocirculatório foram a causa da morte, segundo o boletim médico divulgado na tarde de segunda pelo Vaticano.

O argentino morreu menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia bilateral. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.