Duas pessoas morrem e mais de 80 mil são desabrigadas após incêndios florestais nos EUA

Previsões de autoridades indicam que os focos devem piorar, alimentados por ventos fortes de até 150 quilômetros por hora


Por Agência Estado

08/01/2025 às 19h31- Atualizada 08/01/2025 às 19h33

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Foto: Reprodução/Redes Sociais – Perfil Brasil

Diversos incêndios florestais em Los Angeles, nos Estados Unidos, saíram do controle esta semana e forçaram a retirada de mais de 80 mil pessoas de suas casas, informaram autoridades locais. Duas mortes foram confirmadas nesta quarta-feira (8). As previsões indicam que os focos devem piorar ao longo do dia, alimentados por ventos fortes de até 150 quilômetros por hora, e os esforços para apagar o fogo foram ineficazes até o momento.

Os focos de incêndio destruíram casas e a sede de centenas de empresas e cobriram as cidades e rodovias da região de fumaça. O primeiro incêndio, nomeado Palisades, começou na manhã desta terça-feira, 7, na zona oeste de Los Angeles e alcançou uma área de 12 km² à noite. Ordens de retirada e avisos foram emitidos nas cidades de uma das regiões mais conhecidas dos Estados Unidos, de Malibu a Santa Mônica, mas muitas pessoas ficaram presas em congestionamentos nas rodovias atingidas pelo fogo.

Na zona leste, próximo a Pasadena, outro foco de incêndio se expandiu e chegou a atingir uma área de 9 km² na manhã desta quarta. Mais de 100 idosos precisaram ser retirados de uma casa de repouso na região, alguns em cadeiras de rodas e macas. Foi nesta região que as duas mortes foram registradas. De acordo com os jornais locais, algumas pessoas que se preparavam para a retirada da região do incêndio precisaram abandonar a ideia depois do fogo se espalhar rapidamente e tornar a saída arriscada.

Além desses, há pelo menos um outro foco de incêndio menor. Segundo as autoridades, cerca de 28 mil propriedades estão na zona de incêndio, e muitas já foram destruídas, e 280 mil moradores ficaram sem energia, muitos por causa dos ventos fortes ou porque as concessionárias de serviços públicos desligaram a eletricidade para evitar mais incêndios.

As escolas de pelo menos 18 distritos escolares de Los Angeles precisaram fechar por causa dos incêndios e das condições climáticas. “Isso vai ser devastador e uma perda devastadora para toda Los Angeles”, disse a política local Traci Park.

Os incêndios atingiram inclusive regiões ricas, onde atores de Hollywood e atletas famosos residem. A mãe do técnico de basquete Steve Kerr, de 90 anos, foi uma das forçadas a sair de casa pelas autoridades, disse o técnico nas redes sociais. A premiação Screen Actors Guild cancelou os planos de anunciar as indicações para seu prêmio anual em um evento ao vivo com a justificativa de cautela, depois que pelo menos três artistas americanos que residem em Los Angeles disseram que estavam em zonas de retirada obrigatória.

Funcionários de órgãos de combate a incêndios locais e de regiões próximas foram deslocados para a área dos incêndios, mas não conseguiram conter o fogo. Segundo o chefe dos bombeiros de Los Angeles, Anthony Marrone, os recursos estão nos limites e ajuda de outros condados continuam necessária. Pelo menos um bombeiro que lutava contra o incêndio foi ferido gravemente.

Nas últimas 24 horas, os serviços de emergência da região receberam 3,6 mil chamadas de atendimento, mais do que o dobro da média diária (1,5 mil). Centenas de pessoas foram transportadas para hospitais, afetados pela fumaça.

Durante a noite de ontem, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA chegou a registrar uma rajada de vento de 150 km/h ao norte de Pasadena. As previsões indicam que a velocidade deve cair ao longo desta quarta, mas as condições climáticas continuam favoráveis aos incêndios.

Os ventos fortes também causaram a queda de centenas de árvores, informou o diretor de Obras Públicas do Condado de Los Angeles, Mark Pestrella.

Tópicos: EUA / incêndio / los angeles

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