Empresa carioca pode investir R$ 100 milhões em SAF do Tupi, afirma presidente
Assembleia na próxima segunda discute propostas de investidores e pedido de recuperação judicial
O Tupi irá realizar uma assembleia geral extraordinária na próxima segunda-feira (4), às 19h, na sede do clube, localizada na Rua José Calil Ahouagi, 332, com os sócios em condições de voto. Conforme o edital de convocação, a reunião tem como objetivo a autorização para a “adoção de todas as medidas necessárias para realizar o pedido de recuperação judicial” e para a “realização de operações societárias envolvendo a criação de Sociedade Anônima de Futebol (“SAF Tupi”) no contexto do procedimento de insolvência, bem como a transferência de ativos esportivos do clube para a SAF Tupi”.
Procurado pela reportagem, o presidente do Tupi, Eloísio Pereira, o “Tiquinho”, diz que o pedido de recuperação judicial é para dar credibilidade ao investidor da SAF. “Já temos o grupo, a Magnitude Investimentos e Participações, do Rio de Janeiro, que colocará, aproximadamente, R$ 100 milhões. Estão acreditando porque o clube tem um nome valorizado e um planejamento a longo prazo. Com a SAF, o torcedor pode sonhar com um clube que brigará por coisas maiores”, projeta o mandatário.
No momento, a dívida do Galo Carijó beira os R$ 16 milhões, conforme o presidente, que pretende parcelar o valor e até pedir um desconto com a possível aprovação da recuperação judicial. Até a edição desta matéria, o presidente do Conselho Deliberativo, Leonardo Ribeiro, não atendeu às ligações da reportagem.
Processo da SAF
No dia 29 de julho de 2023, o Conselho Deliberativo do Tupi fez a primeira reunião para iniciar o processo de mudança do estatuto, com o intuito de colocar uma cláusula sobre SAF. Quase nove meses depois, em 16 de abril deste ano, os sócios aprovaram, por unanimidade, essa inserção. À época, Leonardo Ribeiro disse que a alternativa era um consenso da atual diretoria e dos associados.
“Faremos uma nova assembleia quando tivermos alguma proposta para dar prosseguimento. Precisamos abrir portas para algum empresário da cidade ou de fora poder participar, a passos bem tranquilos, para não atropelar nada e sanarmos as dívidas”, explicou o presidente do conselho.
*Sob supervisão do editor Gabriel Silva