Líder religioso suspeito de estuprar fiéis e pai denunciado por abusar da filha são presos
Casos de estupro ocorreram em cidades distantes 30 km uma da outra, na mesma semana
Um homem, 34 anos, foi preso, nesta quarta-feira (31), suspeito de abusar sexualmente da filha de 10 anos, no município de São João del-Rei. Na mesma semana, a aproximadamente 30 km do município, em Lagoa Dourada, um líder religioso foi indiciado por suspeita de cometer estupros contra fiéis.
Ambas as ações foram desencadeadas pela Polícia Civil de Barbacena. Segundo nota do órgão, o primeiro caso, que ocorreu em São João Del-Rei, distante a cerca de 150 km de Juiz de Fora, foi denunciado pela própria filha do suspeito – que compareceu à delegacia junto ao Conselho Tutelar para relatar os abusos sofridos em janeiro deste ano.
Na ocasião, após ser escutada pela polícia, a criança foi encaminhada ao Posto Médico-Legal, onde foi submetida a exame pericial. O homem, porém, assim que tomou conhecimento da investigação em curso, fugiu e não tinha sido mais visto, conforme conta a delegada Bruna Carla Alves.
O serviço de inteligência acabou localizando o homem em Goiânia e, em colaboração com a polícia mineira, a Polícia Civil de Goiás o prendeu preventivamente na cidade de Posse, enquanto o suspeito trabalhava em uma oficina da cidade. Após a captura, o homem foi encaminhado para o sistema prisional.
Líder religioso dava “elixir” para as vítimas
Nesta mesma semana, a Polícia Civil concluiu inquérito que investigava um líder religioso, em Lagoa Dourada, a aproximadamente 160 km de Juiz de Fora. A decisão foi pelo indiciamento do homem, 56, por estupros cometidos em possíveis rituais de “ajuda”. Ele agora vai responder judicialmente pelos crimes de estupro mediante fraude sexual.
O caso foi descoberto quando algumas das vítimas começaram a denunciar o religioso à polícia da cidade. Segundo elas demonstraram, mulheres que tinham problemas para engravidar, problemas conjugais ou que buscavam outros tipos de ajuda teriam sido vítimas do homem.
Durante os eventos religiosos, o suspeito pedia para que elas ingerissem uma espécie de “elixir” e que tirassem as roupas íntimas. Em seguida, elas eram instruídas a usar um vestido branco semitransparente. No curso dos supostos “rituais”, elas eram abusadas.