Mini elétrico chega ao Brasil
Dolphin Mini elétrico vem desafiar hatches 1.0 nacionais com o preço de R$ 115.800
O carro elétrico de R$ 100 mil chegou, mas não é da BYD. O esperado Dolphin Mini, modelo de entrada da marca no Brasil, foi lançado com preço sugerido de R$ 115.800. Ou seja, bem mais do que a expectativa, que era de cerca de R$ 100 mil. Assim, o posto de elétrico mais barato do país continua com o Renault Kwid E-Tech. Afinal, a marca reduziu bastante o preço do carrinho.
O hatch feito na China pela francesa, lançado em maio de 2022 por R$ 142.990, agora sai a R$ 99.990. Ou seja, são R$ 20 mil a mais que o Kwid com motor a flex feito no Paraná. Porém, o novo BYD é bem superior ao modelo da Renault. Está um nível acima em acabamento, espaço e tecnologia.
O preço do novo elétrico certamente vai chamar a atenção e movimentar o mercado. De forma oportuna, a BYD trocou o nome original – “Seagull” na China – para aproveitar o sucesso do Dolphin, que é o carro a bateria mais vendido do Brasil desde que estreou, em junho de 2023. Entretanto, o novo hatch é menor e tem proposta totalmente urbana.
Elétrico urbano
São 3,78 metros de comprimento, ou seja, o Dolphin Mini é subcompacto. Entretanto, é alto (1,58 m), o que o deixa robusto. A traseira, por sua vez, é vertical e deixa o balanço bem curto. Por fim, o entre-eixos de 2,50 metros é bem maior que o do Fiat Mobi (2,30 m) e do Kwid (2,42 m). Seu ponto fraco é o porta-malas, com só 230 litros. Por isso, o Dolphin Mini é um carro para uso urbano e deslocamentos curtos.
Aliás, o lançamento da BYD lembra um pouco o Volkswagen Up! no tamanho e no visual, sobretudo na dianteira, com faróis integrados à carroceria e um pequeno cofre para o motor.
O ponto alto do desenho é a traseira, chapada e com lanternas unidas em peça única que fica logo abaixo do vidro do vigia e forma uma moderna barra de LED. Além disso, as colunas traseiras mais estreitas trazem uma moldura preta que faz o efeito do “teto flutuante”. Os faróis e lanternas têm iluminação Full-LEDs
Como anda
O hatch chinês usa um motor elétrico com 55 kW de potência, o equivalente a 75 cv. Assim, entrega desempenho próximo ao de um hatch com motor 1.0 flex – é a mesma potência do Fiat Mobi, por exemplo. Porém, o Dolphin Mini tem câmbio automático (de uma marcha à frente) e uma bateria com capacidade de 38 kWh. Esta rende autonomia de 345 km no ciclo global (WLTP). Ou de 280 km no padrão do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE) do Inmetro.
Mas, apesar da potência de 1.0 flex, ao volante o novo hatch da BYD surpreende com um torque máximo imediato de 13,7 mkgf (135 Nm). Ou seja, energia próxima à de um motor 1.3 flex, como o do Fiat Argo Drive, que gera iguais 13,7 mkgf, mas com pico a 4.000 rpm. Contudo, o Dolphin Mini é lento para ganhar velocidade. Por isso, a aceleração de zero a 100 km/h, segundo a BYD, leva longos 14,9 segundos.
Em movimento, o Dolphin Mini cativa pelo silêncio a bordo e pela suspensão bem dosada (nem macia, nem dura). Além disso, é fácil de manobrar e não raspa em lombadas, valetas e rampas, apesar de ter só 11 cm de altura livre do solo. Isso ocorre graças aos balanços dianteiros e traseiros curtos. Por fim, o modelo tem freios a disco nas quatro rodas e conta com seis airbags, incluindo bolsas do tipo cortina.
Por dentro, o novo hatch é espaçoso e tem cabine caprichada. Há ampla forração de couro ecológico com duas cores. O Dolphin Mini também surpreende na tecnologia. Há monitor de pressão dos pneus, sensores de obstáculos traseiros, controle de cruzeiro e câmera de ré de alta resolução. Bem como bancos dianteiros esportivos e um console flutuante que abriga porta-copos e um carregador de celular por indução. E o destaque, como em todos os modelos da BYD, é a tela central giratória do multimídia, que tem 10,1″.
FICHA TÉCNICA
BYD Dolphin Mini EV
Preço sugerido: R$ 115.800
Motor: Elétrico
Potência: 75 cv
Torque: 13,7 mkgf
Tração: 38 kWh
Autonomia: 280 km
Comprimento: 3,78 metros
Entre-eixos: 2,50 metros
Porta-malas: 230 litros
FONTE: BYD