Bruno Teixeira Trio faz show no Vinho & Ponto
Apresentação acontece neste sábado, às 20h30, com repertório que mistura grandes canções da MPB
Após onze anos morando em Belo Horizonte, o juiz-forano flautista Bruno Teixeira volta para sua terra natal e faz um show de música instrumental, acompanhado de Samy Erick no violão e Abel Borges na percussão, no Vinho & Ponto, neste sábado (14), às 20h30. A apresentação traz um repertório que mistura grandes canções da Música Popular Brasileira e que são adoradas pelo mineiro, além de composições autorais do trio, que se inspira nos grandes mestres, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim e Chico Buarque para criar. Suas experiências em BH fizeram que montassem uma sequência de músicas animadas, conhecidas pelo público e que tornassem a música instrumental, que tanto aprecia, acessível para todos que queiram aproveitar a experiência com ele. Os ingressos para a apresentação custam R$50.
Conforme Bruno explica, esse show nasce de um trabalho que desenvolve na música já há alguns anos em Belo Horizonte. “Participo de vários projetos de samba e de gafieira, e a música instrumental também é um deles. Já estou no ‘Ô Sorte’ há cinco anos, um projeto que movimenta as pessoas lá, e também trabalhando com grandes músicos como Toninho Geraes e Fernando Bento”, conta. Em sua visão, então, era preciso montar um show que refletisse as releituras de compositores conhecidos da MPB, que originalmente foram gravadas cantadas, assim como nomes contemporâneos que são referências, como Eduardo Neves e Maurício Carrilho. “Queremos um show de música instrumental com uma roupagem mais moderna, que coloca músicas mais conhecidas e que geram mais identificação com o público”, afirma.
Por isso, para ele, o trio que leva seu nome também tem a preocupação de apresentar algo animado. “O público pode esperar um show com muita diversidade, muita música brasileira, com canções que fizeram parte de várias etapas da nossa vida e de artistas muito importantes. Desses artistas consagrados, vamos trazer músicas conhecidas, e que as pessoas vão identificar apesar de serem instrumentais. Tenho feito trabalhos com bandas de baile, então, estou tentando trazer essa atmosfera de ser um show com transições rápidas e que consegue prender mesmo a atenção das pessoas”, conta. Entre as músicas, por exemplo, ele cita ‘Odara’ (Caetano Veloso), ‘Trilhos Urbanos’ (Caetano Veloso), ‘Álcool’ (Gilberto Gil) e ‘Abacateira’ (Gilberto Gil).
A própria relação com a música, por sua vez, começou ainda muito novo, por volta dos 7 anos, quando começou a tocar uma flauta transversal de bambu, bastante por influência do pai, o músico juiz-forano Estêvão Teixeira. “Sempre tive uma influência muito forte dele e depois disso nunca mais parei”, conta. É por isso que o trio, que leva seu nome, se juntou com outra formação ainda nos anos em que ele estava cursando o bacharelado em Música, na UFMG. Quando conheceu os membros atuais, no entanto, conta que quis especialmente trabalhar com eles neste projeto. “A gente vai acompanhando o trabalho dos nossos colegas e vai se identificando. Quando fomos tocar juntos, rolou uma sinergia muito legal”, explica. Para ele, voltar para Juiz de Fora com essa apresentação é uma reconexão. “É muito bom poder voltar para onde aprendi e com quem eu aprendi, que é o meu pai, o meu maior mestre, neste momento.”
Veia de compositor
Para ele, tocar músicas de seus grandes ídolos da MPB faz com que a música instrumental ganhe novas camadas que podem ser mostradas ao público, como da “improvisação, os arranjos diferentes para essas músicas e toda uma roupagem diferenciada”. A diferença entre esse tipo de interpretação e a música autoral, no entanto, é bem grande: “Fazer releitura é algo delicado, porque já fizeram uma gravação que foi consagrada. A gente tenta trazer essas músicas por ser o que a gente gosta, o que é uma escola pra gente e também para o público se identificar mesmo”.
Mas aproveitando que a música instrumental, de acordo com o que ele vê em Belo Horizonte, parece estar despertando cada vez mais interesse de diferentes públicos, ele também considera essa oportunidade como uma chance de apresentar a sua veia de compositor. “A música autoral, por sua vez, entra pra gente mostrar o que é o nosso trabalho e a nossa veia musical mesmo”.