Mais de cem escolas infantis retomam as aulas presenciais nesta segunda em JF
Primeiro estágio do retorno às instituições de ensino em Juiz de Fora acontece após uma semana de preparação dos profissionais da educação
Os estudantes de escolas localizadas em Juiz de Fora, enfim, vão iniciar a volta às salas de aula nesta segunda-feira (27). Após uma semana dedicada à preparação dos profissionais da educação, 125 instituições de ensino infantil do município recebem os alunos no primeiro estágio da retomada presencial do ensino na cidade. Segundo a Secretaria de Educação da Prefeitura de Juiz de Fora (SE/PJF), todas as escolas municipais com educação infantil estão aptas para o retorno.
Pelos dados da SE/PJF, retomam as aulas presenciais 46 creches e 79 escolas municipais, além de instituições privadas de ensino. Na última semana, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sudeste de Minas Gerais (Sinepe/Sudeste) informou que 41 escolas particulares aguardam o retorno presencial, sem especificar quantas se enquadram em cada fase da retomada.
“Desde a semana passada, e com intensificação nesta semana, as escolas estão fazendo reuniões presenciais ou on-line para orientar as famílias, orientando sobre o termo de consentimento que a família assinará para autorizar o retorno ou não”, informa a SE, em nota. A pasta municipal optou por não divulgar dados parciais da adesão ao ensino presencial, uma vez que o número, segundo a secretaria, é dinâmico e tende a apresentar muitas mudanças durante o início das aulas.
Entre as adaptações necessárias preconizadas pelo protocolo municipal estão a ocupação de 50% dos espaços escolares e o distanciamento de 90 centímetros entre alunos e profissionais da educação. Esses dois termos estão entre os alterados pela PJF no último dia 14, em revisão das medidas que vão regular o retorno às aulas.
“Eu sei do medo (para o retorno às aulas). Eu também tenho medo, e volto a falar algo que eu já vinha falando: o medo é um sentimento importante porque ele previne que a gente faça coisas erradas e nos dá segurança, mas ele não pode nos paralisar. A palavra de ordem é que tenhamos calma, que sigamos com muito cuidado e, com certeza, faremos do retorno presencial o mais seguro possível”, afirmou a secretária de Educação, Nádia Ribas, durante live que encerrou a primeira semana de preparação das instituições de ensino, na sexta-feira (24).
A volta das escolas infantis será o primeiro passo no plano de retomada que envolve todas as escolas juiz-foranas. Na semana seguinte, no dia 4 de outubro, será a vez dos estudantes do ensino fundamental I e do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) estarem de volta à escola. Em 11 de outubro, retornam o ensino fundamental II e o ensino médio. Por fim, no dia 18 de outubro, o último grupo contemplado será o dos estudantes do ensino superior. A PJF calcula que o município tem 105.307 alunos e 7.510 professores na educação básica.
Plataforma de notificação de casos
A retomada foi precedida por uma live da SE com o objetivo de esmiuçar os protocolos sanitários e destrinchar o funcionamento de uma plataforma para o monitoramento dos casos de suspeita de contaminação por Covid-19 em estudantes e trabalhadores da educação. Participaram da transmissão profissionais da própria pasta da Educação e da Secretaria de Saúde (SS), que explicaram como será o procedimento em caso de suspeitas.
Segundo a explanação, a plataforma será destinada tanto a notificação de casos pelos trabalhadores da educação quanto para a visualização e o monitoramento por parte da população juiz-forana. “Vocês (profissionais da educação) vão entrar nesse sistema, preencher com os dados daquele aluno e passar qual é o panorama da situação, para a gente investigar os casos. Cada instituição de ensino terá um responsável que vai entrar em contato conosco para encaminhar a pessoa para uma unidade de saúde”, explicou, durante a transmissão, a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Louise Souza.
A plataforma ficará disponível para consulta no site da PJF, publicizando o número de casos confirmados e suspeitos entre a comunidade escolar. Os dados irão delimitar quantos dos acometidos são estudantes e quantos são profissionais da educação. “Os dados da ferramenta vão para um banco de dados seguro, para nós catalogarmos essas informações e para toda a comunidade acompanhar o monitoramento”, afirmou Flávio Henrique, servidor da Secretaria de Saúde.
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