Polícia Civil apreende crack avaliado em cerca de R$ 30 mil
Pedras brutas poderiam ser transformadas em 10 mil porções, o que poderia dobrar o valor da droga
A Delegacia Especializada Antidrogas (DEA) apreendeu cerca de dois quilos de crack em barra, quantidade considerada “muito alta” pela Polícia Civil (PC) para o tipo da droga, que é leve e geralmente encontrada já pronta para consumo, em porções pequenas. A droga bruta é avaliada em R$ 30 mil. Caso chegasse a ser fracionado para a venda, o material renderia cerca de 10 mil pedras. A PC estima um prejuízo de cerca de R$ 60 mil ao tráfico de drogas, já que o valor para venda no varejo é bem mais alto.
A ação foi desencadeada após a especializada receber informações de que uma pessoa de Juiz de Fora teria recebido uma grande quantidade de entorpecente. Depois disso, conforme o titular da DEA, delegado Rogério Woyame, a equipe conseguiu chegar a um endereço no Bairro Santa Luzia, Zona Sul de Juiz de Fora, onde estavam os ilícitos.
De acordo com Woyame, o suspeito de ser o dono dos tóxicos, 21 anos, não estava no imóvel, e a equipe foi recebida por sua esposa. “Ela demostrou muita tranquilidade, de fato parecia não saber que o marido escondia as drogas na residência. Encontramos o crack embalado em sacolas, dentro do guarda-roupas. Também foram apreendido pinos de cocaína, balança de precisão e maconha. Chamou a atenção o fato de o crack não ter o odor forte característico da droga, o que pode apontar uso de solventes que disfarçam este cheiro, até mesmo para dificultar a apreensão. Pelo que verificamos até o momento, o rapaz não fazia venda, apenas guardava a droga”, disse, acrescentando que ele trabalha em uma empresa fora da cidade.
A Polícia Civil descobriu que o jovem estava em um hotel em Muriaé, município distante de Juiz de Fora cerca de 150 quilômetros. “Graças a uma ação conjunta feita pelo 4º Departamento de Polícia Civil, uma equipe de Muriaé conseguiu fazer a prisão do rapaz. Com ele estavam porções de maconha, que ele alegou ser para consumo próprio. O preso não quis dizer para quem ele guardava o crack. Por este motivo, nossas investigações continuam”, finalizou Woyame. O suspeito foi trazido para Juiz de Fora e levado para o Ceresp.