Prefeitura inicia trabalhos para primeiro Liraa em 2019
A apuração do índice teve início na segunda e deve prosseguir até a próxima sexta-feira; Agentes de endemias são identificados com uniforme e crachá
A Prefeitura de Juiz de Fora deu início, nesta semana, aos trabalhos referentes ao primeiro Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa) de 2019. A apuração do índice de infestação predial (IIP) do município começou nesta segunda-feira (7) e tem previsão para ser concluído nesta sexta (11), caso não chova. O objetivo é apurar a situação da cidade, para direcionar ações de combate ao vetor nos bairros com maior número de focos. No último Liraa, realizado em outubro do ano passado, o índice de infestação era o de 2,3, considerado como “estado de alerta” pelo Ministério da Saúde.
Os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) da Secretaria de Saúde serão divididos em 15 equipes e pretendem passar por 221 bairros e visitar, no mínimo, 5.594 imóveis. Quando encontrados, os focos recebem a aplicação de larvicida ou, se possível, são eliminados rapidamente. Após o levantamento em campo, as amostras serão encaminhadas para o laboratório e as análises revelarão se os materiais encontrados são realmente vetores da dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito. Ao fim dos levantamentos, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SSVS) divulgará o balanço.
O primeiro dia de levantamento, na avaliação do coordenador-geral de campo do Programa da Dengue, Juvenal Marques, foi positivo, já que os moradores estão permitindo a entrada dos agentes em seus imóveis. A dificuldade, no entanto, ainda são as casas fechadas pelo fato de os moradores estarem em horário de trabalho, conforme observado no balanço das ações contra o mosquito em 2018, divulgado pela Prefeitura na última sexta (4).
Além deste empecilho, a não permissão da entrada dos agentes e a reincidência do aparecimento dos ovos do inseto em 80% das casas onde o tratamento do foco foi realizado foram outros problemas encontrados. “A maioria dos focos está dentro das residências, por isso, toda a população deve reservar dez minutos na sua semana para realizar a vistoria, olhando os vasinhos de plantas, calhas, pneus, atrás da geladeira e outros possíveis locais que acumulam água. É preciso tomar os cuidados necessários pois estamos no período de maior infestação do mosquito. Quanto menos focos houver, menor será o número de casos das doenças”, reforçou Juvenal.
Outra forma da população contribuir para o combate ao Aedes aegypti é utilizar o Disque-Dengue para solicitar vistorias em terrenos baldios e casas abandonadas. O Disque-Dengue (199) funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h, com intervalo de almoço entre 12h e 14h.
Secretaria orienta sobre identificação dos agentes
Muitos juiz-foranos não abrem suas casas para os agentes com receio de que sejam pessoas mal-intencionadas se passando por eles. Em um caso recente, registrado em abril do ano passado pela Polícia Militar, dois homens teriam se identificado como agentes de verificação de dengue para invadir e roubar uma casa no São Mateus, Zona Sul. Meses depois, uma “fake news” disseminada em grupos de aplicativo de mensagens dizia que havia sido registrado, pela Secretaria de Saúde, um roubo de material de trabalho e identificação dos agentes que atuavam na prevenção e no controle ao mosquito Aedes aegypti.
Em ambos os casos, a pasta esclareceu sobre o uniforme e os documentos de identificação utilizados pelos trabalhadores. Segundo a Secretaria de Saúde, os agentes empenhados no período do Liraa atuam sempre uniformizados, usando blusa azul petróleo e colete verde ou cinza (ambos com logomarca da PJF), calça jeans e bolsa amarela, além de crachá de identificação da Prefeitura, no horário das 8h às 14h. Em caso de dúvida e para informações sobre a vistoria, a população pode entrar em contato com o ponto de apoio central da dengue, pelo telefone 3212-3070.