Mesmo após anúncio, Ritacco e Tupi não chegam a acordo, e jogador não fica
Conforme o diretor de futebol, Nicanor Pires, empresário do meia argentino fez promessas à parte do acordo firmado entre clube e atleta; apenas pré-contrato havia sido acordado
Gonzalo Ritacco, 26 anos, e Tupi romperam o acordo inicialmente firmado entre as partes para o meia argentino reforçar o elenco comandado por Aílton Ferraz. Conforme nota publicada pelo Carijó nas redes sociais nesta segunda-feira (7), “clube e jogador não chegaram a um acordo para sua permanência”. Depois de assinado pré-contrato, Ritacco foi anunciado em 22 de dezembro; entretanto, “promessas feitas ao jogador, por parte de seu empresário, (…) não acordadas previamente com o clube” foram determinantes na desistência da contratação, informou o clube. Depois de se apresentar em Santa Terezinha, Ritacco participou de sessões de treinamento, entre as folgas de Natal e Ano Novo concedidas ao elenco, durante apenas três dias.
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Dentre as promessas acima citadas, o diretor de futebol do Tupi, Nicanor Pires, destacou acordo para pagamento de luvas. “[As promessas] Não são relacionadas apenas à questão financeira. Mas foi prometido pelo empresário um valor em luvas — dinheiro que o clube adiante na chegada do atleta —, o que não foi negociado pelo Tupi. Na verdade, o Tupi não acorda isso com nenhum atleta; achamos injusto.” Liberado para a folga de passagem de ano, Ritacco viajou ao Rio de Janeiro (RJ), mas não retornou a Juiz de Fora; segundo Nicanor, o jogador demonstrou resistência em se reapresentar sem o prometido. “O jogador passou a ser resistente. Disse que ficaria somente se fossem cumpridas as promessas feitas pelo empresário. E o clube entende que não deveria cumprir, até porque nós não combinamos, não acordamos nada disso.”
Conforme o diretor de futebol, o Tupi teria interesse na permanência de Ritacco em caso de cumprimento do acordado inicialmente com o clube em pré-contrato. “O Tupi não pode ser responsável por promessas de terceiros. A partir do momento em que ele viria somente se cumpríssemos o prometido pelo empresário, nós decidimos não esperar mais, não estender a negociação.” O pré-contrato foi firmado entre ambas as partes antes de Ritacco vir para o Brasil, disse Nicanor. Contudo, questionamentos a respeito da transação surgiram após o breve período de treinamentos. “Ritacco assinou um pré-contrato com o Tupi aceitando a proposta feita. Após três dias da apresentação, Ritacco fez alguns questionamentos sobre algo que havia sido prometido pelo seu empresário. Como eu não havia combinado nada disso, liguei para o empresário e ele, de fato, falou que realmente tinha prometido.”
“Não cumpriram com o acordado”
Até o momento, a Tribuna não conseguiu contato com Gonzalo Ritacco, seja por meio de redes sociais ou por telefone. Contudo, em resposta ao jornalista e torcedor do Tupi, Otávio Botti, sobre as razões para o contrato não ser firmado, o meia afirmou que não cumpriram o acordado. “Desejava muito jogar no Tupi, mas não cumpriram com o acordado.”
Conforme Nicanor, o Tupi e o jogador não chegaram a oficializar o acordo. “Somente hoje (7) a CBF liberou o sistema para que fossem gerados os contratos.” Revelado pelo Defensores de Belgrano, na Argentina, Ritacco disputou, em 2018, a Segunda Divisão do Campeonato Equatoriano pelo Orense, após passagem pelo Defensores Unidos, de Zárate, na Província de Buenos Aires, entre janeiro de 2016 e junho último. Defendeu também o Argentino Merlo, também da Província de Buenos Aires, entre junho de 2014 e dezembro de 2015.