A casa do povo
A eleição da nova Mesa Diretora da Câmara não interessa apenas aos vereadores mas também às ruas, que têm no Legislativo o espaço adequado e democrático para apresentação de suas demandas
A pauta de emendas dos vereadores tendo como prioridade a assistência social e a educação é um bom indício de que os R$ 100 mil definidos para cada um deles serão bem aplicados. Foi-se o tempo de ações voltadas para o próprio umbigo, graças, sobretudo, à transparência das ações da instância pública com o auxílio do controle externo esboçado pelas redes sociais.
Mas a Câmara estará no centro das atenções por conta das articulações da reta final da campanha e da eleição da nova Mesa Diretora, programada para a próxima sexta-feira. Dois vereadores estão no páreo, mas pouco se sabe de suas propostas. Tanto Kennedy Ribeiro quanto Luiz Otávio Coelho (Pardal) precisam mostrar à sociedade – embora ela não vote nesse pleito – quais são suas metas para os próximos dois anos.
A questão interna não é suficiente para esgotar a discussão, uma vez que, a despeito de ser uma eleição de foro exclusivo dos vereadores, o interesse externo é permanente, sobretudo pelas pautas que estão programadas para a atual legislatura. O presidente não é um gerente das demandas do Legislativo. Ele é o condutor de discussões de interesse coletivo, bastando ver a frequência nas sessões, que já não é mais a mesma de anos anteriores, quando as reuniões eram modorrentas e sem qualquer apelo popular.
O povo, como bem destacou o atual presidente, Rodrigo Mattos, tem na Câmara o espaço mais democrático para apresentação de suas demandas, e o presidente e os demais membros da direção são fundamentais para o andamento da pauta, seja ela progressista, seja conservadora, pois é do jogo, sendo fundamental, sim, que o espaço se mantenha aberto para as manifestações.