Juiz nega transferĂȘncia para SP de policiais civis presos em Minas
Os quatro permanecem presos desde o dia 19 de outubro, quando houve um enfrentamento na garagem do Centro MĂ©dico Monte Sinai
O juiz de direito, Paulo TristĂŁo Machado JĂșnior, indeferiu o pedido de transferĂȘncia dos quatro policiais civis paulistas envolvidos no tiroteio que resultou nas mortes do policial civil de Juiz de Fora, Rodrigo Francisco, e do empresĂĄrio do setor de segurança privada JerĂŽnimo da Silva Leal JĂșnior.
Os quatro permanecem presos em flagrante desde o dia 19 de outubro, quando houve um enfrentamento na garagem do Centro MĂ©dico Monte Sinai.
No dia 21, apĂłs a conversĂŁo da prisĂŁo em flagrante para prisĂŁo preventiva, eles foram encaminhados para a PenitenciĂĄria Nelson Hungria, em Contagem. A solicitação de transferĂȘncia foi feita pela Secretaria de Segurança PĂșblica do Estado de SĂŁo Paulo e pela defesa dos agentes pĂșblicos.
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Na sentença, o magistrado afirmou que “nĂŁo existem justificativas plausĂveis para a transferĂȘncia dos investigados, pois estĂŁo acautelados, provisoriamente, em local prĂłprio para agentes pĂșblicos e sendo mantidos todos os seus direitos constitucionais”, escreveu. TristĂŁo disse, ainda, que o inquĂ©rito sobre o episĂłdio ainda nĂŁo foi concluĂdo, sendo que vĂĄrias diligĂȘncias ainda estĂŁo pendentes e possivelmente pode haver a necessidade de os policiais serem ouvidos novamente, considerando a existĂȘncia de pontos cruciais a serem esclarecidos. O juiz disse, ainda, que os fatos ocorreram na Comarca de Juiz de Fora, sendo necessĂĄrio que eles permaneçam Ă disposição do juĂzo para a apuração e conclusĂŁo das investigaçÔes.
O sigilo do inquĂ©rito tambĂ©m foi decretado pelo juiz, a partir de um requerimento feito pela PolĂcia Civil, bem como a ampliação de prazo para conclusĂŁo da investigação de atĂ© dez dias. O prazo Ă© considerado improrrogĂĄvel.
Força-tarefa
Uma força-tarefa para apuração dos crimes de homicĂdio, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e prevaricação foi montada apĂłs a Corregedoria de PolĂcia Civil de Minas Gerais avocar a investigação. AlĂ©m de dois promotores de Juiz de Fora, uma procuradora e outros dois promotores de Belo Horizonte integram a equipe que estĂĄ realizando diligĂȘncias na cidade desde a semana passada. Outros dois delegados corregedores da capital mineira tambĂ©m participam dos trabalhos. Os promotores foram requisitados para garantir a isenção das investigaçÔes.