Alerta vermelho
Ação preventiva dos bombeiros é fundamental para evitar tragédias, como a queima de todo o acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro
Todos os municípios mineiros com unidades do Corpo de Bombeiros — Juiz de Fora foi um deles — participaram, nessa quinta-feira, do Alerta Vermelho, operação desenvolvida sob o viés preventivo em estabelecimentos comerciais como farmácias, churrascarias, pizzarias e padarias. Como é melhor prevenir do que remediar, a ação deve ser vista sob a ótica positiva até mesmo pelos organismos visitados.
O Brasil não tem um histórico de políticas preventivas, bastando ver a situação dos acervos nacionais, pois só agora, após a tragédia do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, providências começaram a ser tomadas. Os prejuízos do espaço imperial são incalculáveis, e sua recuperação plena demandará anos. Ademais, muitas das promessas, feitas ainda sob a fumaça do incêndio, sequer saíram do papel.
No caso de Juiz de Fora, a área central é a que carece de maior atenção em virtude do casario antigo que divide espaço com as novas construções. A cidade já viveu um sinistro, na Avenida Getúlio Vargas com a Rua Floriano Peixoto, que teve origem num desses casarões do início do século passado.
Por isso, quando os bombeiros deflagram uma operação desse porte, é fundamental a colaboração coletiva, pois não se trata de uma ação contra tais patrimônios, e sim uma medida que lhes garanta a ocupação sem riscos de sinistros por muito mais tempo.