Datafolha: Bolsonaro vai a 35%, Haddad oscila e chega a 22%
Instituto entrevistou 10.930 eleitores entre quarta e quinta-feira. Ciro manteve percentual, enquanto Alckmin variou negativamente dentro da margem de erro
O Datafolha divulgou nesta quinta-feira (4) sua segunda pesquisa de intenção de votos na semana que antecede as eleições deste domingo (7), em que aferiu as intenções de voto dos brasileiros com relação à corrida presidencial. De acordo com os dados computados pelo instituto, o deputado Jair Bolsonaro cresceu três pontos percentuais, acima da margem de erro de dois pontos para mais e para menos, mas a tendência é de que a disputa seja decidida em segundo turno, que deve contar com as presenças de Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). No atual recorte, Bolsonaro passou de 32% para 35%, enquanto o petista oscilou positivamente dentro da margem de erro, passando de 21% para 22%.
Assim como os últimos levantamentos do Ibope, o Datafolha reforça cenário que coloca Bolsonaro e Haddad isolados para avançarem ao segundo turno. Mais distantes aparecem na sequência Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). O ex-governador do Ceará está numericamente à frente do tucano. Na última terça-feira, Ciro tinha 11% e manteve o mesmo percentual. Por outro lado, Alckmin oscilou negativamente dentro da margem de erro, passando de 9% para 8%. Assim, os dois candidatos permanecem empatados tecnicamente, no limite da margem de erro.
A pesquisa ainda aponta um terceiro e último bloco que é puxado por Marina Silva (Rede), permanecendo com 4% entre um levantamento e outro. Assim ela está tecnicamente empatada com os oito demais candidatos que tiveram desempenhos menos expressivos em relação a intenção de voto do eleitorado. São eles: João Amoêdo (Novo), com 3%; Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos), com 2%; Cabo Daciolo (Patriota), que tem 1%; e Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL), Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU), que não pontuaram. Entre os entrevistados, 6% manifestaram intenção de anular o voto ou votar em branco e 5% não souberam ou não responderam ao estudo.
Assim como fez o Ibope na pesquisa divulgada nesta quarta-feira, o Datafolha também fez uma projeção da “votação válida” de cada candidato. Para isto, emulou regra adotada do TSE e excluiu do cálculo os eleitores que declararam voto branco ou nulo, tirando também o percentual de eleitores indecisos do recorte. Neste cenário, o instituto aponta que Bolsonaro teria 39%; Haddad (PT), 25%; Ciro, 13%; Alckmin, 9%; Marina, 4%; Amoêdo, 3%; Meirelles, 2%; Alvaro Dias, 2%; Daciolo, 1%; Boulos, 1%. Mais uma vez, Vera, João Goulart e Eymael não pontuaram.
Para a aferição do resultado, o Datafolha entrevistou 10.930 eleitores entre quarta e quinta-feira. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos e nível de confiança de 95%. O estudo foi contratado pelo jornal “Folha de S.Paulo” e pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02581/2018.
Segundo turno
A pesquisa ainda trouxe a simulação de alguns cenários de segundo turno. Em um duelo entre os dois atuais líderes das pesquisas, Bolsonaro e Haddad aparecem tecnicamente empatados, com vantagem numérica para o candidato do PSL: 44% contra 43%. O Datafolha também fez outras projeções. Ciro venceria Bolsonaro: 48% contra 42%. Bolsonaro e Alckmin também estariam em situação de empate técnico, com vantagem numérica para o tucano: 43% contra 42%. Quando Haddad é confrontado por Alckmin, novo empate técnico, com vantagem numérica para o tucano: 42% contra 38%.
O Datafolha voltou a medir a rejeição dos candidatos, quesito que também é liderado por Bolsonaro, seguido de perto por Fernando Haddad. Entre os entrevistados pelo instituto, 45% disseram que não votam de forma alguma no candidato do PSL; enquanto 40% rejeitam o petista. Na sequência, aparecem Marina (28%); Alckmin (24%), Ciro (21%), Meirelles (15%), Boulos (14%), Cabo Daciolo (14%), Alvaro Dias (13%), Vera (13%), Eymael (12%), Amoêdo (11%) e João Goulart Filho (11%). Dois por cento afirmaram que não pretendem votar em nenhum dos nomes apresentados na disputa; 2% disseram não rejeitar nenhum dos candidatos; e 4% não souberam se posicionar.
Tópicos: eleições 2018