A Zona da Mata pede socorro

“Em plena época de futuras eleições, esses imbróglios do desenvolvimento de Juiz de Fora e da Zona da Mata continuam sem uma solução definitiva, impedindo o franco progresso da economia e da geração de impostos e empregos”


Por José Eloy dos Santos Cardoso, economista, professor de macroeconomia da PUC-Minas e jornalista

08/08/2018 às 07h00- Atualizada 08/08/2018 às 07h20

Dois projetos importantes para Juiz de Fora, como o Centro de Distribuição da Fiat e o projeto da M. Dias Branco de uma indústria de biscoitos e afins, e o também projeto do Aeroporto Regional Itamar Franco para ser internacionalizado para receber o setor importador e exportador também continuam todos em compasso de espera. Esse aeroporto foi edificado para ser principalmente um aeroporto cargueiro regional.

Em plena época de futuras eleições, esses imbróglios do desenvolvimento de Juiz de Fora e da Zona da Mata continuam sem uma solução definitiva, impedindo o franco progresso da economia e da geração de impostos e empregos. A simples ligação entre as rodovias BR-040 e a MG-353 demorou uma eternidade para ser concluída, e, mesmo assim, faltando um definitivo trevo localizado na BR-040. São exemplos claros do desprestígio político ou da falta de maior trabalho e vontade para cobrar das autoridades do Estado ou da União maior atenção para essa importante região de Minas Gerais.

Como a imprensa nacional e a mineira já noticiaram, há necessidade urgente de se instalar uma lavanderia moderna e eficiente de modo que os maus políticos da nossa outrora poderosa Zona da Mata mineira não resistam aos sabões poderosos e detergentes capazes de matar politicamente todos aqueles que se mostraram incapazes ou desinteressados no progresso de Juiz de Fora e toda região no seu entorno. Durante meus 16 anos que residi no município, acompanhei com interesse tudo de bom ou de mau que estava acontecendo com a economia regional.

O já ex-presidente da Fiemg regional Francisco Campolina se cansou de lutar por uma melhor classificação do entorno de Juiz de Fora no cenário de desenvolvimento mineiro. O novo presidente da Fiemg Regional Zona da Mata, Aurélio Marangon Sobrinho, terá que se cercar de competentes e interessados técnicos e políticos para tentar fazer a Fiemg Regional ser ouvida e respeitada. Morei em Juiz de Fora por vários anos e colaborei com atenção com trabalhos e artigos publicados na Tribuna mostrando, com meu conhecimento da economia mineira, as diferenças econômicas entre os municípios de Uberaba, Uberlândia, Montes Claros e Pouso Alegre em relação à nossa região. Devemos esperar que os futuros eleitores reflitam profundamente sobre esses problemas que afetam nossas estruturas econômicas e sociais e deixem para sempre aqueles que se aproveitam dos nossos votos nas urnas, mas, depois de empossados, não se lembrem mais de suas vãs e irreais promessas aos eleitores que os levaram até as Câmaras do Estado ou da União.

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