Marcus Pestana volta a defender ampla aliança, mas refuta rótulo de ‘centro’
O intuito da movimentação é o de formar um projeto competitivo e barrar o crescimento de nomes de presidenciáveis como Jair Bolsonaro e Ciro Gomes
Em entrevista ao programa Pequeno Expediente da Rádio CBN Juiz de Fora, nesta quinta-feira (5), o deputado federal juiz-forano Marcus Pestana (PSDB) voltou a defender uma aliança de partidos políticos cujas candidaturas à Presidência da República ainda se mostram estagnadas nas pesquisas de intenção de voto. O intuito da movimentação é o de formar um projeto competitivo e barrar o crescimento de nomes de presidenciáveis como os do deputado Jair Bolsonaro (PSL) e do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes. “Os homens públicos e as mulheres que têm vida pública no Brasil têm que dialogar. Tudo o que o país não precisa é de mais intolerância e radicalismo”, afirmou o tucano, que tenta liderar um movimento que, segundo ele, já reuniu liderança do Podemos, do PV e do PPS, além do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Pestana evitou o rótulo de “centro” para o campo em que milita pela construção de unidade em torno de uma candidatura forte à Presidência. “Não é bem ‘centro’. Estes conceitos estão todos embaralhados no mundo contemporâneo. Este campo abarca liberais, pessoas do campo da chamada centro-direita, de centro, de centro-esquerda, social-democratas, socialistas democráticos… Pessoas que tenham visão e defendam um governo que seja economicamente responsável, politicamente democrático e socialmente progressista”, considera.
Neste cenário, o deputado tergiversou sobre a possibilidade de o PSDB abrir mão da candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência em torno da construção de uma unidade. “Precisamos encontrar um nome que evite que o segundo turno seja um confronto entre o desastre e a catástrofe”, afirmou, em referência velada às candidaturas de Bolsonaro e Ciro. Para o tucano, no entanto, Alckmin é um quadro de destaque para encabeçar um novo projeto de país. “O Geraldo é o mais preparado neste cenário. Ele está pronto. É experiente. Sensato. Inteligente. Um homem do diálogo que tem visão estratégica e consciência da atual crise. Mas temos que dialogar para construir um cenário vitorioso”.