Voltem, 1.500
Diante do Luverdense, o quarto ponto carijó na Série B veio após triste etapa inicial de uma equipe que parecia, no didático momento dos passes, congelada pelo frio que atinge os juiz-foranos no mês vigente. Os 45 minutos finais, contudo, apresentaram uma evolução causada pela didática aproximação dos jogadores de preto e branco até a finalização da pequena área efetuada pelo volante Gabriel Sacilotto e direcionado às nuvens.
O maior número de aplausos veio em substituições promovidas pelo técnico Estevam Soares, e, no último apito, com o resultado sendo ironicamente comemorado pelos 370 pagantes e quase 600 fiéis torcedores no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O número assusta, talvez, na mesma proporção que a campanha no início de Segundona.
A questão, senhores, é que a falta de confiança dos apaixonados pelo clube vem sendo refletida nos cofres da agremiação. O Tupi ficou no déficit diante do Luverdense. Contra o Oeste, idem. A falta de esperança, seja no trabalho da cúpula diretiva, na gestão do futebol ou em qualquer outro ponto, vem colocando o Alvinegro no vermelho.
Para a próxima semana, mais dois duelos ocorrem em Juiz de Fora, contra os também tradicionais Bahia e Avaí. Pouco tempo para uma mudança de comportamento, dentro e fora das quatro linhas. Pouco tempo, sem marketing efetivo, para sonhar com público superior aos 790 pagantes que presenciaram a história goleada diante do Papão. A velha máxima de que o feitiço pode se voltar contra o feiticeiro já é um fato em Santa Terezinha. E ontem reclamávamos dos 1.500 de sempre.
*Renato Salles volta a escrever neste espaço em julho