Perfil do político
Nestes conturbados dias de crise política e com eleições municipais no fim do ano, deveríamos nos perguntar que tipo de político gostaríamos de ter para comandar Juiz de Fora e o Brasil. Melhor, qual perfil queremos dos políticos para obter o voto dos cidadãos? Assim como as empresas buscam perfis nas pessoas que se encaixem em suas estruturas, da mesma forma, os cidadãos devem buscar perfis nos políticos que se encaixem com as necessidades da sociedade – entendendo que sociedade não são os interesses individuais, e sim os interesses comuns das pessoas que formam a sociedade. Assim, temos dois tipos de políticos: os reativos e os proativos.
Políticos reativos são os que esperam os problemas acontecerem e trabalham para resolvê-los; portanto, vivem sempre resolvendo problemas na correria e com urgência. Não têm tempo para atender a população, nem sequer para ouvir sugestões dos cidadãos dos quais eles estão resolvendo os problemas, usam de falsas esperanças, que eles mesmos sabem que não conseguirão concretizar, e, assim, arrastam sua gestão cheia de problemas para resolver. Estes problemas se acumulam pois eles não têm a capacidade de perceber que têm um perfil político de “esperar” os problemas acontecerem. Este tipo de político era norma na Velha República e se perpetua até os dias de hoje. Ele se contrasta com outro perfil de político que aflora nos dias de hoje: o proativo.
O proativo é aquele que tem a característica rara de perceber as oportunidades e abrir caminhos necessários para que estas oportunidades se concretizem, porque sabe que isso ajudará a sociedade. Este político tem tempo para atender os cidadãos, porque ele percebe, enxerga e sente o que causará os problemas no futuro e trabalha no presente para eliminar os grandes problemas que afetarão de forma negativa a sociedade a que ele deve respostas. Assim, ele pode planejar com calma e de forma acertada as ações que deve adotar, por consultar os cidadãos naquilo que deve ser realizado em prol da sociedade que o elegeu para administrar sua cidade. Este político tem inúmeras vantagens em relação ao reativo. Ele se torna bem conceituado perante os eleitores, que percebem que podem confiar nele e entendem que ele faz parte de uma nova geração de políticos que desponta com a preocupação em atender as necessidades básicas da sociedade indo além, proporcionando-lhes outros atendimentos que realmente modificarão da vida dos cidadãos.
A política precisa parar de pensar nela mesma para pensar no povo.