Circuito Imperial e o Mariano Procópio


Por William Cleber D. Silva, doutor em turismo e professor adjunto do curso de Turismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

31/01/2017 às 03h00- Atualizada 31/01/2017 às 08h31

A nomeação do sr. Antônio Carlos Duarte como novo diretor superintendente do MMP foi bem recebida por diferentes setores da sociedade local. Entusiasta e conhecedor do Museu Mariano Procópio, Antônio Carlos Duarte terá a oportunidade, o desafio e a missão de transformar o MMP em um local mais acessível ao seu público, tanto de turistas quanto de visitantes locais.

Nesse sentido, e sabendo-se que o Museu Imperial de Petrópolis é um dos mais visitados do Brasil, pergunta-se: como podemos nos aproveitar da experiência de Petrópolis para transformarmos o MMP em um atrativo turístico nacional e, com isso, gerarmos mais oportunidades de trabalho, emprego, renda e tributos para nossa região?

Essa tarefa não é das mais fáceis, contudo possível! Inicialmente, proponho a alteração do nome do Museu Mariano Procópio, que, devido a seu acervo e representatividade, deverá passar a se chamar “Museu Imperial Mariano Procópio”. Essa talvez seja a medida mais relevante para o processo de desenvolvimento turístico da cidade a curto, médio e longo prazo.

Em seguida, e atentos às possibilidades de demanda geradas pelo Museu Imperial de Petrópolis, devemos desenvolver um novo e diversificado produto turístico na região, que poderá ser denominado Caminho Imperial. Esse novo produto turístico – o Caminho Imperial – se estenderá de Juiz de Fora a Petrópolis, passando por Itaipava, e poderá posteriormente ser ampliado e diversificado, passando, no futuro, a ser parte de outro produto turístico complementar – o Circuito Imperial.

Nesse caminho entre Juiz de Fora e Petrópolis, é possível oferecer aos viajantes e turistas experiências únicas relacionadas à história do Brasil e de Minas Gerais, à cultura, à gastronomia e à natureza da região. Para que isso possa se efetivar, é indispensável o envolvimento de diferentes setores, especialmente gestores públicos e empreendedores locais, uma vez que para que a proposta se consolide é necessário que se crie uma linha turística entre o futuro Museu Imperial Mariano Procópio e o Museu Imperial de Petrópolis.

Outras ações e iniciativas também se tornarão imprescindíveis e poderão ser pontuadas em momento oportuno, contudo acredita-se que o fortalecimento/alteração do nome do Museu Mariano Procópio associado à criação e ao desenvolvimento de novo produto turístico que se propõe – o Caminho Imperial – poderá garantir à cidade de Juiz de Fora grande visibilidade no concorrido mercado de turismo cultural, e isso certamente contribuirá com a expansão do número de visitantes no MMP e de turistas na cidade, o que irá gerar novas oportunidades de negócios, trabalho, emprego, renda e tributos para toda a cidade e região.

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