Elevando o QI (Quociente Intelectual)
Inúmeras evidências mostrando conexão entre QIs elevados, excelentes desempenhos e longevidade motivam as pessoas a se interessarem mais pelo tema. Todavia cabe indagar: melhorando a saúde, melhora-se, também, o QI? Há evidências de que países em desenvolvimento, quando ocupados em remover vermes parasitas de seus habitantes, consigam conduzir estes a um aumento de seus QIs. Qual a razão disso? O fato de, talvez, estando seus sistemas livres de se ocupar em lutar contra parasitas, poderem dedicar mais recursos ao desenvolvimento do cérebro.
Outras evidências? Após cientistas tornarem-se conscientes dos efeitos tóxicos do chumbo, e os governos banirem-no da gasolina, dados revelaram que os escores de QIs de suas crianças melhoraram relevantemente. De modo similar, dados mostram que a melhora na dieta de crianças mal nutridas favorece as habilidades cognitivas delas, assim como a suplementação com iodo revela efeitos substanciais na inteligência de crianças que ainda não o têm suficiente em suas dietas com leite e frutos do mar.
Por adição, inúmeros são os estudos que revelam que alunos com maior permanência em atividades na escola tendem a apresentar escores de inteligência mais elevados, assim como crianças mais precocemente brilhantes na vida têm maior probabilidade de ficar mais tempo na escola. Tanto a educação pode elevar os escores de inteligência das pessoas quanto as características genéticas podem orientar para maior afinidade com os estudos. Logo, interessa perguntar: é possível testar essa hipótese?
Atento a isso, o governo da Noruega adicionou dois anos extras no currículo escolar obrigatório para todas as crianças. Comparando-se os escores de QIs daqueles que tinham sido obrigados a estar nas escolas alguns anos a mais com os escores daqueles que não tiveram tal oportunidade, constatou-se que a escolaridade extra adicionou 3,7 pontos de QI por ano.
Por que isso ocorreu? Uma possibilidade é que os tipos de conhecimentos que se aprendem nas escolas, tais como raciocínio aritmético, conhecimento geral, leitura, escrita e ciência, entre outros, teriam sido eficazes em treinar formas eficientes de pensamento abstrato, o qual é requerido pelo cérebro para que o ser humano faça bem os testes de QI. Outra seria os professores ensinarem concentração e outras habilidades que ajudem de modo mais específico as crianças a fazerem as tarefas e, portanto, saírem-se melhores nos testes de QIs.
O que se conclui? Que boa saúde e educação de qualidade são, certamente, as melhores estratégias para elevar o QI de nossas crianças.