Por um mundo mais tolerante
Em tempos de total intolerância, pensar diferentemente da maioria é praticamente um calvário. Demonstrar a sua ideologia partidária é quase sinônimo de ser taxado de “petralha”, “coxinha” ou alguma coisa do gênero. O que talvez mais me impressione é que o debate em nosso país está escasso; ousaria dizer que foi praticamente banido. Não peço que a sociedade brasileira fique homogênea e que todos concordem com tudo, porém, meu único pedido é que haja diálogo, respeito e, claro, a mente aberta para ouvir o que o outro propõe.
Por exemplo: no Brasil, atualmente, se posicionar a favor ou contra uma ideologia política é algo extremamente complicado, e o diálogo se torna cada vez mais explosivo. É melhor tomar cuidado com as próximas palavras, pois poderá ouvir algo não muito agradável, até mesmo de pessoas próximas. Amizades estão sendo desfeitas, almoços de família estão se tornando verdadeiras zonas de guerra, e até mesmo o Facebook, uma rede social que deveria ser utilizada para integração, é usado para propagar o ódio desmedido.
Ainda convém lembrar que esses comportamentos intolerantes não afetam somente aquele que fala, mas toda a sociedade sai perdendo quando o diálogo não é incentivado. Em escolas, faculdades, pontos de ônibus, igrejas, enfim, em qualquer lugar, é preciso criar um ambiente agradável de trocas de ideias, para que, no futuro, nossas crianças, nossos adolescentes e jovens não se tornem uma nação de inflexíveis, que nunca serão capazes de mudar de ideia e pensar diferentemente.
Concluindo, minha intenção com esse breve texto é fazer com que você pare para refletir, por alguns instantes, em que tipo de sociedade você quer viver: em uma democracia ou uma ditadura?
Como afirmou Winston Churchill, democracia é a pior forma de governo, depois de todas as outras. Minha esperança é de que esses tempos nebulosos deem espaço à luz da razão e que possamos, a cada dia, lutar por um mundo melhor, mais justo e, principalmente, que saiba dialogar.