O início de um caminho para virar a página
Na última quarta-feira (20), o ministro da Economia, Paulo Guedes, acompanhou o presidente da República, Jair Bolsonaro, na entrega, ao Congresso Nacional, da tão falada proposta de reforma da Previdência. Um tema da maior importância para todos os cidadãos brasileiros.Passamos, então, a viver a etapa de análises, comentários elogiosos ou críticos. Nesta fase, é preciso ter muita atenção à gravidade da situação financeira do país. Estamos no mais longo processo de recessão e estagnação na economia, decorrente de grandes erros na execução da política econômica no passado próximo, que resultaram num contingente de mais de 12 milhões de desempregados.
A proposta apresentada parece tentar que todos que estão trabalhando (inclusive os militares, cujo projeto de lei foi prometido para ser apresentado em 30 dias) deem uma cota de contribuição neste esforço para começar a equacionar este grande desequilíbrio que temos nas contas públicas. Nesta hora, não se pode querer atropelar a matemática em nome de falsas promessas ou rompantes de justiça fácil.
A tramitação da matéria e os debates de seu conteúdo que existirão no Congresso Nacional são fundamentais para que o resultado desse esforço alcance o objetivo de destravar a economia. Aprovar uma mudança geral na Previdência, reduzindo privilégios, distribuindo de maneira mais justa a arrecadação das contribuições previdenciárias, mantendo o sistema viável e equilibrado financeiramente, é a função mais nobre dos senhores deputados e senadores, que não devem sucumbir às pressões de grupos organizados de privilegiados em detrimento dos demais cidadãos.
Estamos diante de um divisor de águas: precisamos equilibrar as contas públicas. Para isso, são necessárias atitudes positivas dos homens públicos que receberam, através do voto, a procuração para fazer as reformas de que o país precisa para atingir um saudável ambiente de negócios, começando pela Previdência e continuando com uma reforma tributária que simplifique a apuração e o pagamento de tributos, com possível redução destes. Os homens públicos e as pessoas de bem precisam cumprir com responsabilidade as suas funções, para que o povo brasileiro sinta que o país virou a página.