Aeroporto Itamar Franco cresce e aparece


Por José Eloy dos Santos Cardoso, economista, professor e jornalista

21/03/2019 às 06h56- Atualizada 21/03/2019 às 07h34

Após vários anos de luta e espera, finalmente, o aeroporto Itamar Franco foi autorizado a operar com cargas. Alfandegado pela Receita Federal, estará, a partir de agora, autorizado a armazenar e transportar mercadorias nacionais e internacionais. Mesmo antes desse importante ato declaratório, tempos atrás, ainda administrado pela Multiterminais Alfandegários do Brasil, já se lutava por isso. Afinal, o aeroporto foi construído pelo governo mineiro objetivando seu uso cargueiro e de passageiros.

A Receita Federal já permite ao Itamar Franco realizar operações aduaneiras com carga, descarga, redestinação e armazenagem de mercadorias e bens processados no exterior ou a ele destinados, despachos em regime aduaneiro e de exportação e importação. A Delegacia de Juiz de Fora deverá estabelecer rotinas operacionais para garantir todo o processo aduaneiro necessário.

O trabalho com o aeroporto chamado de Goianá não começou agora. Na época administrado por Denílson Duarte, tentou-se de tudo, mas, por motivos burocráticos e políticos, a concretização não foi feita. Agora, para operacionalizar o Itamar Franco poderão perfeitamente ser utilizadas aeronaves cargueiras até maiores como o DC10 e o A300B4, por exemplo. Nos tempos que residi por vários anos em Juiz de Fora, produzi, através da Tribuna de Minas, vários artigos defendendo o aeroporto e sua total utilização.

Não há dúvida de que o agora internacional aeroporto Regional da Zona da Mata, ou Itamar Franco – que é seu nome -, poderá estimular muito o crescimento da economia local e regional, além de possibilitar que, por via aérea, Juiz de Fora e toda essa região mineira possam agilizar a produção ou compras de matérias-primas ou produtos que possam ser industrializados em toda a região a ser beneficiada. Antes de ser cargueiro, o aeroporto operava apenas como estação de passageiros.

Não há dúvida que o novo aeroporto cargueiro possa até competir, dentro de suas limitações, com o aeroporto internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, em matéria de transportes aéreos de mercadorias exportadas ou importadas. Além disso, como se tornará também um aeroporto cargueiro, a internacionalização de cargas e mercadorias poderá até estimular a criação de um novo distrito industrial nas regiões próximas que poderá criar empregos e mais arrecadações de impostos para os governos locais, do Estado ou da União. Agora, como é comum se dizer: o aeroporto Itamar Franco vai crescer e aparecer. É o que todos queremos.

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