Quem se dá bem é um puxa-saco?
Ele está sempre elogiando e agradando o chefe, diretor, prefeito, vereador, deputado, governador, senador, ministro, secretário, médico, delegado, empresário, padre, pastor. Ele gosta das pessoas que têm poder. Ele sempre é muito solícito e sorridente. Ele oferece tudo o que tem, até o copo de água. Ele está querendo sair bem na foto, literalmente – no Facebook, no Instagram, no Zap, na TV, no jornal, na rádio, na revista, nos eventos sociais, nas reuniões, nas campanhas eleitorais, nas festas, nas inaugurações de obras públicas. O intuito dele é apoiar alguém que possa projetar sua própria imagem. Afinal de contas, quem é o oportunista? Quem é ele?
A figura humana que adora lisonjear servilmente, bajular. É conhecido popularmente com as denominações: puxa-saco, cheira-cheira, bajulador, lambe-botas, adulador, baba-ovo. Faz tudo para agradar o chefe, tem personalidade dissimulada e é naturalmente interesseiro. Além disso, passa por cima de valores morais, atropelando quem quer que esteja no meio desse caminho.
Você convive com um deles em seu trabalho? O puxa-saco de plantão está presente em todas as empresas. Muitos gestores, principalmente de órgãos públicos, estão cometendo erros ao serem influenciados pela conduta dos bajuladores (contratados ou efetivos). Vários aduladores despreparados estão conquistando cada vez mais o poder nas Prefeituras Municipais e nas Assembleias Legislativas.
Eles não são representantes do povo, porém, muitos exercem funções realizadas por alguns políticos. Suprimem competidores, fazem promessas impossíveis, atormentam adversários políticos, oferecem empregos para partidários… De Norte a Sul do Brasil, por ação do puxa-saco, muitos trabalhadores são perseguidos na administração pública. Infelizmente, são “julgados” e “condenados” sem direito a defesa. Vários são exonerados e demitidos, sendo que a maioria não tem oportunidade para expor sua versão a respeito dos acontecimentos.
Os puxa-sacos têm como ideal agradar o chefe. Alguns tornam-se autoridade e recebem boa remuneração. Outros são apelativos com suas bajulações sem limite, deixam seus superiores em situações constrangedoras ou comprometedoras. O desejo ardente de ganhar a admiração do patrão causa prejuízo no ambiente de trabalho, com outros funcionários. Tanto no setor público quanto no privado, os puxa-sacos não vão acabar. O bajulador do presente poderá ser o patrão do futuro. Enfim, o viável é ficar em silêncio e fazer o trabalho de maneira correta.
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