Cristo Rei!
“Exercer nossas profissões tendo como norte a transformação do mundo faz enorme diferença”
Equipe Igreja em Marcha
Leigos católicos
Amanhã, a liturgia comemora a Festa de Cristo Rei. Essa solenidade foi instituída por Pio XI com o objetivo de lembrar aos cristãos leigos o seu compromisso com a construção do Reino de Deus. João Paulo II, em Chritifidelis laici, lembra que, pelo Batismo, somos imersos em Cristo, nos tornamos filhos de Deus no Filho Único, fazemos com Ele um só corpo e participamos com Ele de Sua tríplice missão: cada um de nós deve ser sacerdote, profeta e rei em Cristo, que tem esse tríplice múnus.
Sacerdote, que com suas ações torna as realidades sagradas, dignas de pertencerem a Deus.
Profeta, que anuncia a vontade de Deus e que denuncia tudo o que atrapalha a sua realização na sociedade que nos cerca, como as iniquidades, a guerra, a fome. Rei, cuja principal função é cuidar de todos os excluídos da terra. Todos os cristãos têm essa missão. O que caracteriza o leigo? Os leigos recebem o chamamento de Deus no meio das atividades no mundo (século). Papa Francisco nos diz que o fiel (leigo), muitas vezes, consome sua esperança na luta cotidiana para viver a fé.
Na família, no trabalho, nas atividades associativas em que as pessoas comuns convivem, labutam, sofrem e se divertem, aí o leigo é chamado a exercer o seu apostolado. Participamos dos sacramentos, da liturgia, de movimentos e pastorais, atividades essas que nos alimentam e fortalecem na fé e na graça. Aí nos alimentamos e nos apoiamos mutuamente, mas não é aí o local de nosso principal apostolado. Embora padres, religiosos, religiosas e bispos possam frequentar os locais em que vivemos nosso cotidiano, seus ministérios na Igreja não lhes permitem viver imersos nessas realidades todo o tempo.
Viver a caridade na família, fazendo aí o cotidiano amoroso, e anunciar que Jesus está aí. Exercer nossas profissões tendo como norte a transformação do mundo faz enorme diferença. Que implica, inclusive, não fazer trabalhos que fazem o mundo pior e desagradável a Deus. Participar de associações, sindicatos, atividades culturais. Buscar nas atividades associativas a justiça e a equidade, ainda que isso nos cause incompreensões e sofrimento. Evangelizar a cultura e lutar diuturnamente por um mundo melhor e mais fraterno.
Tudo isso é celebrar Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.