O que há de errado com o futebol brasileiro?
O futebol brasileiro mexe com a paixão de milhões de torcedores e movimenta valores financeiros astronômicos na economia da nação. Muitos clubes tradicionais do mercado futebolístico do país tiveram ou ainda têm dirigentes inescrupulosos que já foram denunciados ou poderão sofrer denúncias por enriquecimento à custa dos times. Além disso, políticos também estão vinculados aos clubes, sendo que alguns usam de suas influências para ajudar o time do coração. Construir estádio com dinheiro público, beneficiar-se de mando de campo nos jogos, indicar patrocinadores, dentre outras, são atitudes condenáveis que já foram praticadas ou ainda podem ser concretizadas por figuras do cenário político nacional.
Outro personagem marcante no futebol é o empresário, agente ou procurador. Ele é responsável pela gestão da carreira profissional do jogador de futebol. Faz as negociações dos jogadores com os clubes, negocia com os patrocinadores, presta assessoria de imprensa e jurídica. Contudo os empresários sofrem críticas de muitos e são acusados de “esquemas”, “propinas” e favorecimento aos filhinhos de papai para ingressar nas equipes tradicionais.
O comando do futebol brasileiro está nas mãos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As 27 federações estaduais de futebol responsáveis pelos campeonatos estaduais são subordinadas e subservientes à CBF. Há quatro anos, o faturamento foi surreal. Segundo o site, as 27 federações estaduais, em 2015, arrecadaram R$ 144,8 milhões. Os responsáveis foram os cartolas, que não chutam uma bola, não pagam salários de atletas, nem constroem e mantêm estádios, mas detêm o monopólio sobre o futebol. Não existe partida oficial sem o aval de federações e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Os anos se passaram, e os lucros são espantosos. De acordo com blogs.oglobo.globo.com, a CBF fechou o seu balanço de 2018, registrando faturamento de R$ 668 milhões (ante R$ 590 milhões no ano anterior) e lucro de R$ 52 milhões, R$ 1 milhão a mais do que em 2017. A Rede Globo detém o monopólio de transmissão dos jogos do futebol nacional. A emissora toma medidas autoritárias. Dificulta a justa concorrência, determina horários ridículos às partidas, usa de modo exclusivo as transmissões e as imagens e diminui as organizações responsáveis por comandar o futebol. Por fim, a CBF e a Rede Globo promovem uma perfídia ao futebol, ao torcedor e ao telespectador. Além de desprezar e desvitalizar preceitos flexíveis relevantes na sociedade civil.