Imbróglios do Aeroporto Itamar Franco


Por JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO, JORNALISTA

14/04/2016 às 07h00- Atualizada 14/04/2016 às 08h37

Enquanto em Pouso Alegre a Prefeitura Municipal já comemora a Portaria de Anuência para a concessão do novo aeroporto, que foi assinada em Brasília, e também já prepara a licitação que irá conceder à iniciativa privada licenças para construir às suas expensas o novo Aeroporto Internacional de Cargas e Passageiros, o Aeroporto Itamar Franco patina.

Com a diminuição drástica dos voos de passageiros, a atual administradora do aeroporto de Goianá até fala, reservadamente, em devolver para o Estado referido local. Com esses fatos, o município de Juiz de Fora, que já não conta com os voos no Aeroporto da Serrinha, também irá chorar junto com a Zona da Mata a ausência de voos de passageiros em seu território. É uma situação real difícil de ser resolvida na prática.

Como já foi amplamente divulgado, as empresas aéreas hoje não se interessam, por motivos de custos, em trabalhar com aeronaves menores de 70 passageiros, como eram os casos da Pantanal e da Trip. Como julgam que o Serrinha é pequeno e não oferece condições físicas para operar com as aeronaves para 90 ou 125 passageiros por motivos de segurança, a antiga Manchester Mineira de Juiz de Fora vai ficando para trás.

O relativo fracasso operacional das operações do Aeroporto Itamar Franco hoje é motivo até de um preocupante silêncio tanto por parte da população como até da imprensa local. Sabemos que a administração do Estado de Minas Gerais está com grandes problemas de caixa. No entanto, é preciso dar urgente prosseguimento às obras da estrada que liga a BR-040 até a MG-353 nas imediações de Coronel Pacheco.

É claro que o desenvolvimento de um espaço importante como o Aeroporto Itamar Franco é obrigação de quem ganhou a concorrência. Com o aparente desânimo de realizar outras obras no local ou de trabalhar para que o aeroporto tenha o sucesso das operações comerciais de passageiros ou de cargas, a situação não pode continuar como está. No caso de desistência, a Multiterminais Alfandegados do Brasil, que administrava aquele local e ganhou o segundo lugar na concorrência, poderia talvez se interessar em retomar o trabalho que ela iniciou. Vamos torcer para que isso ocorra?

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