Quaresma: renovação e oração


Por EQUIPE IGREJA EM MARCHA - GRUPO DE LEIGOS CATÓLICOS

14/03/2015 às 06h00

Vivemos um tempo de preparação para a Páscoa: tempo de penitência, oração e caridade, tempo de renovar nossas vidas. Esse período de Quaresma é a designação dos 40 dias que antecedem a principal celebração do cristianismo: a Páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo, que é comemorada no domingo e praticada desde o século IV. A Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos, anterior ao Domingo de Páscoa. Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam-se à reflexão e à conversão espiritual e se recolhem em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

O Papa Francisco, em sua mensagem por ocasião da Campanha da Fraternidade 2015, lembrou que esse é um período quando nós cristãos devemos: “identificando-nos com Jesus através da sua entrega generosa aos irmãos, sobretudo aos mais necessitados”. Em outra mensagem para a Quaresma deste 2015, o Papa lembrou as palavras de Tiago, 5,8 – “fortalecei os vossos corações” – e disse: “Deus nada nos pede que antes não no-lo tenha dado: Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece”.

E continua a mensagem: “Coisa diversa se passa conosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto Deus Pai nunca faz), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar”.

“Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro. Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.”

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