Ressignificando o cuidado


Por Hugo Borges, presidente da Unimed Juiz de Fora

14/02/2019 às 07h03- Atualizada 14/02/2019 às 07h50

O Hospital Unimed Juiz de Fora, com seu ato inaugural no próximo dia 22 de fevereiro e início de atividades previsto para abril/maio deste ano, chega para ser referência em acolhimento humanizado, com o paciente sempre em primeiro lugar. Esse objetivo, consagrado pelo Jeito de Cuidar Unimed, é nosso melhor diferencial há 45 anos e vem ganhando força desde que iniciamos, há mais de dez anos, nosso ecossistema de atenção integral à saúde, hoje composto por vários recursos assistenciais.

Passamos a integrar (com muito orgulho!) a rede nacional de serviços próprios do Sistema Unimed, hoje com 117 hospitais próprios, além de laboratórios, clínicas, serviços de imagem e prontos atendimentos. Em todo o país, são 114 mil médicos cooperados, cuidando de 18 milhões de clientes.

Temos absoluta certeza de que somente um hospital gerenciado matricialmente por uma cooperativa – essa é nossa opção de gestão – e, portanto, vinculado intimamente aos seculares valores e princípios cooperativistas poderá implementar o novo modelo de atenção à saúde na região, do qual tanto necessitamos.

Precisamos, sim, da tecnologia de ponta na saúde, mas não do tecnicismo acrítico. É imprescindível priorizar as pessoas. O que há de mais original neste mundo pós-digital é a adoção de práticas humanizadas, acolhedoras, sensíveis ao toque, à relação interpessoal direta e respeitosa.

Na saúde, não se trata de simplesmente substituir o “touch” tecnológico pelo contato físico com o ser humano (real) que está bem à nossa frente. É preciso muito mais que isso. A grande pauta hoje é a sobreutilização de recursos tecnológicos, de materiais e medicamentos que, feita sem critérios, transtorna o cuidado prestado ao paciente e, não raro, traz mais danos que benefícios.

É sabido que cerca de um terço dos gastos em assistência à saúde no mundo é desperdiçado pela realização de exames, procedimentos ou mesmo internações desnecessárias, tornando insustentáveis os sistemas de saúde público e privado em quase todos os países.

Felizmente, dois novos movimentos mundiais, o Slow Medicine e o Choosing Wisely, iniciados, respectivamente, na Itália e nos Estados Unidos, já estão presentes no Brasil. O primeiro preconiza ampliar laços, contatos, aprimorando a relação interpessoal do médico com seus pacientes. É o resgate do tempo como parte essencial da abordagem médica, com ênfase no raciocínio clínico e foco no ser humano. Já o Choosing Wisely é uma campanha internacional promovida por sociedades de especialistas, visando reduzir a utilização exagerada ou até mesmo inapropriada de recursos na saúde.

O Hospital Unimed Juiz de Fora vem com uma proposta disruptiva, humanizada e realmente acolhedora, capaz de dar mais racionalidade e sobriedade à utilização dos recursos diagnósticos e terapêuticos. A gestão efetiva do corpo clínico e a governança clínica garantirão a segurança dos pacientes, além de otimizar resultados com melhor custo-efetividade.

É evidente que nosso desejo de mudança sobre o atual modelo de atenção não virá só porque assim o queremos – ou precisamos -, mas pelo fato de nossos alicerces, assim como os do novo hospital, estarem embasados pelos ideais cooperativistas de solidariedade, equidade, ajuda mútua, transparência, também pilares das boas práticas de Governança Corporativa.

O Hospital Unimed, por sua moderna e belíssima arquitetura, converte-se num monumento – uma escultura – fadado a perpetuar, na lembrança de gerações futuras, a grandeza da medicina regional. Ele marcará na posteridade os 45 anos da Unimed Juiz de Fora e uma nova era, acolhendo pessoas, independentemente do que sintam ou da enfermidade que possam apresentar. Assim, ratificamos a ressignificação do ato de cuidar.

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