Paternidade e família
O Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a ideia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida. Existem muitas histórias que retratam a origem do Dia dos Pais no Brasil e no mundo.
Nos Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dood, filha do veterano da Guerra Civil, John Bruce Dood, criou o Dia dos Pais em 1909. Ela teve a ideia de celebrar o Dia dos Pais ao ouvir um sermão dedicado às mães. Além de admirar o pai, o objetivo de Sonora era homenageá-lo devido ao grande esforço que John tivera para criar os filhos sozinhos, após o falecimento da esposa em 1898 quando dava a luz ao sexto filho. John criou o recém-nascido e seus outros cinco filhos sem ajuda de ninguém.
Um dos registros mais antigos da origem do Dia dos Pais ocorreu na antiga Babilônia, há mais de quatro mil anos, quando um jovem, chamado Elmesu, teria moldado em argila o primeiro cartão para desejar sorte, saúde e longa vida ao seu pai, o rei babilônico Nabucodonosor, muito famoso na época. A partir daí, o gesto se tornou festa nacional.
No Brasil, o Dia dos Pais começou a ser comemorado no dia 14 de agosto de 1953, graças ao publicitário Sylvio Bherinh. A partir deste ano, o Dia dos Pais começou a ser festejado sempre no segundo domingo do mês de agosto.
Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal – Amoris Laetitia – (sobre “O Amor em Família”), o Papa Francisco recorda que “o bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Fiéis ao ensinamento de Cristo, olhamos a realidade atual da família em toda a sua complexidade, nas suas luzes e sombras (…). Como cristãos, não podemos renunciar a propor o matrimônio, para não contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de inferioridade face ao descalabro moral e humano; estaríamos privando o mundo dos valores que podemos e devemos oferecer”.
Mesmo com todas as inquietações do momento histórico, a família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa proteger. Toda instituição, seja de caráter religioso ou civil, tem sua responsabilidade na defesa e na proteção da família, que envolve vidas e pessoas. Porque é a família a nossa primeira escola, onde recebemos as primeiras lições para a vida e o convívio na sociedade. “Uma família em risco perde a capacidade de reação para ajudar seus membros, e a violência na família é escola de ressentimento e ódio nas relações humanas básicas.”
O Evangelho da família atravessa a história do mundo desde a criação do homem à imagem e semelhança de Deus até a realização do mistério da Aliança em Cristo no fim dos séculos com as núpcias do Cordeiro (cf. Ap 19,9).