Vai, Brasil, mostra a sua cara!


Por CARLOS MAURÍCIO DE MORAES RAMOS PEREZ, COLABORADOR

13/04/2016 às 07h00- Atualizada 13/04/2016 às 08h33

Os zumbis ainda se arrastam por nossas ruas, gritando nos seus alto-falantes que não vai ter golpe. Nosso país está à deriva e a presidente da República ainda tenta resistir, a todo custo, de dentro do bunker em que se transformou o Palácio do Planalto. Dilma encontra-se sitiada, já não consegue comparecer a lugares públicos e convida a sua claque para assistir ao ódio que ela própria destila, desde a sua juventude, de dentro do Palácio. Outro dia, irada, vociferava: “Não defendemos a violência, mas eles defendem. Eles exercem a violência”. Ora, presidente, quem chamou o exército do Stélide para ocupar as ruas foi o seu dono. Quem está incitando a violência todos os dias de dentro do Palácio é você e os seus milicianos. Outro dia, o secretário de finanças da Contag, Aristides Santos, berrou: “Vamos ocupar as propriedades deles, as casas deles no campo. É a Contag e os movimentos sociais que vão fazer isso. Vamos ocupar os gabinetes, mas também as fazendas deles. Se eles são capazes de incomodar um ministro do Supremo Tribunal Federal, vamos incomodar as casas deles, as fazendas e as propriedades deles. Vai ter reforma agrária, vai ter luta, e não vai ter golpe”. Só neste ato, presidente, sobram crimes contra a sua decadente persona.

Já o chefe dos zumbis baba de raiva toda vez ao falar para uma plateia comprada e composta por manifestantes profissionais. Parece que ele é movido a álcool. Aliás, quem está ao lado de Lula que não é comprado? O Brasil perdeu o que nunca conseguiu ter: dignidade. O PT destruiu o sonho de sermos uma República. Montesquieu ainda no século XVIII escreveu, em seu livro “Os espíritos das leis”, que, em uma República decente, os poderes deveriam ser fortes e independentes. E o que o Lula fez? Passou por cima do Legislativo, comprando-o, e atropelou o Judiciário, como vimos nos grampos legais divulgados pelo juiz Sérgio Moro. Mas, vejam só, ao divulgar tais grampos, o investigado passou a ser o juiz. O Governo quer a sua expulsão do Judiciário. Talvez seja por isso que os números de homicídios em nosso país estejam aumentando exponencialmente. Percebe-se aí uma clara inversão de valores.

O Brasil virou o país da mentira. Os intelectuais daqui são falsos, já que, em nossas academias, eles não são ensinados a pensar; são adestrados, exaustivamente, a repetir o mantra do socialista oprimido. Os progressistas impedem o progresso, e os religiosos daqui são comunistas. Os sindicalistas não trabalham, os estudantes não estudam, os professores não ensinam, e os cientistas não pesquisam. O partido que se autointitula dos trabalhadores retira direitos dos próprios trabalhadores. Os manifestantes são comprados, e os blogueiros independentes dependem do Governo para propagandear o ódio. Artistas e humoristas sem público recorrem à Lei Rouanet. Reitores que defendem a democracia são simpáticos à ditadura cubana. Consumistas de esquerda combatem o consumismo, e os ideólogos são imparciais. Os rebeldes defensores do sistema são líderes comunitários oriundos da classe média alta, e os revolucionários nunca fizeram revolução. Todos eles sairão às ruas para defender o indefensável, para defender este projeto criminoso de poder que já ocupa Brasília há 14 anos, juntamente com a maioria silenciosa e complacente que há quatro eleições vota nestes vigaristas. E, enquanto isto, o chefe da gangue se hospeda em duas suítes do Hotel Royal Tulip (nada como ser da elite!), próximo ao Palácio do Planalto, para comprar deputados do PTN, do PEN, do PTdoB e de outros partidos de sexta categoria. Que decadência, PT!

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