Diálogo e atitude


Por Sagrado Lamir David Médico, ex-professor de Farmacologia da UFJF, ex-research-scholar da Universidade do Sul da Flórida, escritor e poeta

13/02/2020 às 06h38

Brigar jamais! Pois quem briga quer impor, ou melhor, impor-se, pois ninguém é dono da verdade. Daí a única saída democrática ser o diálogo, mas diálogo corajoso, que não quer impor, mas discute com abrangência e igualdade algo importante, porque é melhor para todos os seres vivos, e não apenas os seres humanos, e também para o sentido universal de todos nós!

Será que me pretendo ser criador de um deus com características humanas e, quem sabe, com inteligência artificial, para talvez criar novos escravos, pelo pensamento e até pela consciência?
E daí?!, como perguntaria nosso poeta maior, o famoso Carlos Drummond de Andrade!
Isso me faz pensar na frase de meu apreciado articulista, Millôr Fernandes, que escreveu em um artigo que “o ser humano é um animal inviável”, sendo muito criticado por isso! Mas, hoje, creio que ele tinha certa razão, pelo que os homens têm feito de abusivo com sua própria criatividade, usando-a mais para o mal do que para o bem.

E daí? De novo repetindo Drummond… E daí que não podemos fugir de nossas responsabilidades, isto é, temos que assumir atitudes! De preferência, atitudes que partam de diálogos que assumam que ambas as partes, n ou mais, estão falando a mesma língua, e, mais que tudo, que assumam uma atitude democrática, isto é, favorecendo a todos!
Ou democracia não é governo do povo, pelo povo e para o povo?! Mesmo que tenham assassinado Abe, o autor dessa formidável ideia. E querem melhor momento do que essas eleições municipais que estão por vir em 3 de outubro?!

Chega de fake news! Basta de mentiras de candidatos de seus próprios interesses! E o pior… Chega de corruptos e sem-vergonhas que também só veem a si próprios, egoístas e falsos patriotas, que só cogitam do lado pessoal e de grupos! Não interessa se partidários, se políticos, se ideológicos, ou, até mesmo, religiosos. Pois a democracia é um direito universal, que tem Deus maior, que fala em nome de todos nós, bastando que tenhamos a coragem, todos nós, de assumirmos essa razão maior do ato nobre de viver.

Mostremos a nossos falsos representantes quem somos nós, eleitores independentes e conscientes, sabendo escolher entre eles nossos verdadeiros representantes no sublime ato de viver, conviver e usufruir de direitos universais de paz, de amor, de saudade, de solidariedade, de fraternidade e de respeito universal!

Veremos, depois das eleições municipais de 3 de outubro de 2020, o que poderemos esperar das eleições estaduais e federais, em todas as áreas dos chamados Três Poderes, de uma verdadeira república democrática!

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