Salim tem razão


Por Paulo César de Oliveira, jornalista e diretor-geral da revista Viver Brasil e do jornal Tudo BH

10/09/2019 às 06h53- Atualizada 10/09/2019 às 07h13

As pesquisas de opinião mostram uma queda de popularidade do presidente Bolsonaro e de apoio ao seu governo. Comemorados pela oposição, preocupantes para uma parcela de apoiadores do presidente, os números são vistos como uma consequência do trabalho de renovação que vem sendo feito no país, pelos que, sem paixões, analisam as ações governamentais e as naturais reações a elas.

Bolsonaro, argumentam os mais ponderados, foi eleito por uma maioria que deseja um país diferente, com uma economia forte e com menos violência e corrupção. E isso não se consegue imediatamente, apenas com a troca de um presidente e de um modelo de governo. O Brasil, por práticas políticas pouco republicanas durante muitos anos, deixou de enfrentar seus problemas. Reformas, absolutamente indispensáveis, foram postergadas enquanto se ofereciam ao povo políticas para mitigar suas dificuldades, impossíveis de serem superadas de uma forma gradativa, mas sustentável, sem mudanças profundas. É isso que o Governo Bolsonaro vem fazendo: enfrentando os nossos eternos entraves de forma corajosa, mesmo que pague por isso um preço elevado em termos de perda de popularidade.

O sinal mais claro de que não pretende ceder no projeto das reformas está na composição de seu ministério, essencialmente técnico, como destacou recentemente o secretário de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Fazenda, o mineiro Salim Mattar. Esse grupo foi selecionado para realizar as reformas necessárias, sem influências político-partidárias. Isso facilitou o entendimento com o Congresso, que entendeu a necessidade das mudanças, facilitando o andamento das propostas das reformas da Previdência e Tributária, que, ao que tudo indica, deverão ser aprovadas ainda este ano.

As reformas são passos fundamentais na recuperação do país, embora, num primeiro momento, gerem desgastes para o Governo pelo trabalho oportunista de grupos de interesse, que usam a desinformação da população para pressionar o Congresso, na tentativa de impedir que as mudanças, especialmente na Previdência, sejam aprovadas, acabando com privilégios dos que hoje trabalham contra.

Vencer essa batalha de informação é o desafio do Governo, que vai provando ser possível, sem negociatas políticas, sem o toma lá dá cá de nossa tradição, realizar o que o Brasil precisa para retomar, de forma sustentável, o crescimento econômico, oferecendo ao povo a oportunidade de uma vida melhor.

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