Duas escolhas


Por COMUNIDADE ESPÍRITA A CASA DO CAMINHO, IRIÊ SALOMÃO DE CAMPOS

05/03/2016 às 07h00

Dois são os caminhos a serem percorridos ao longo da vida terrena, como duas são as portas que se abrem à criatura humana: a porta da vida e a da morte. Assim, temos o caminho do progresso e o da degradação. É a mesma dicotomia observada no atendimento às nossas necessidades. Se de um lado temos os estímulos biológicos, físicos e sociais, do outro, sentimos pequenos abalos emocionais. É a relação entre espírito e matéria, reclamando equilíbrio.

Se um nos chama à fascinação, nos embriagando pelas sensações exteriores, reprimindo a razão e festejando de modo esbanjado os cinco sentidos; o outro nos convida ao progresso, este que se vê com os olhos da alma e deseja com certo ardor a conquista do equilíbrio emocional como instrumento para se atingir a serenidade e a paz interior.

Sendo a humanidade uma raça composta de seres emocionais, dotados de raciocínio, o esforço pessoal para o progresso é imenso, visto que ainda carrega uma forte carga de instintos herdados de seu passado animalesco. Assim, muitos são os desafios a serem vencidos no campo da intimidade individual, por isso, Jesus, conhecedor profundo da alma humana, nos ensina: “Entrai pela porta estreita; porque a larga e espaçosa é a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertada, a estrada que conduz à vida, e poucos são os que acertam com ela”. (Mateus, 7, 13-14).

A estrada larga da vida mundana é farta em soberba, avareza, ódio, vingança, preguiça, inveja, egoísmo e muitos outros malefícios morais. Já a estrada estreita que nos leva à porta da felicidade requer prudência, fortaleza de caráter, temperança, retidão de conduta, esperança, fé e caridade para com o próximo. Por tudo isso que nos exige, a caminhada é lenta e de cautela, o que levou Jesus a afirmar que “poucos se acertam com ela”.

Os que descem o declive da degradação, passando pela porta larga, se refestelam nos prazeres transitórios, vivendo a vida na morte pela angústia do tempo perdido. Porquanto os que seguem no esforço da caminhada pela porta estreita, não se deixando derrotar por situação alguma, seguem corajosamente superando suas fraquezas, encontrando a vitória na dedicação ao serviço ao próximo e na obediência àquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

As opiniões e o posicionamento do jornal estão registrados no Editorial. A Tribuna respeita a pluralidade de opiniões dos seus leitores. Esse espaço é para a livre circulação das ideias.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.