Da dúvida à lógica


Por ANGELA HALFELD CLARK, COLABORADORA

04/05/2016 às 07h00- Atualizada 04/05/2016 às 08h36

Para o crescimento científico, temos que passar pela dúvida, chegando, enfim, à lógica racional. Temos que ter coerência, avaliando os fatores lógicos que foram extraídos da realidade.

A busca incessante por um “lugar ao sol” considerando o sucesso como um bem maior, não importando o caminho escuso trilhado para angariar o objetivo.

Os valores primordiais para a vida do ser humano são deixados para trás, e a ânsia na corrida louca pelo destaque fica. Nós gostaríamos de ver nosso país caminhando rumo à subsistência, ao prazer e à solidariedade. Infelizmente, os valores gerais não se enquadram no objetivo da nação. Quando conseguirmos dar as mãos no intuito de crescer harmonicamente, seremos todos mais felizes.

Não podemos, porém, perder o senso da dúvida para chegarmos à lógica, o que não impede de se desenvolverem sentimentos nobres. O caráter é a conquista do homem civilizado.

A partir do momento em que evoluímos, despojamos de nossa indumentária animal para nos aproximarmos do ser no sentido de valores humanos. Quando temos tranquilidade de levantar as nossas dúvidas com o rigor da honestidade, passamos a selecionar a lógica com critérios muito relevantes.

Infelizmente, o modelo do ser humano, até então, distorcido, parece um hospital de almas, perdendo o critério da dúvida e da lógica. É muito desgastante nos digladiarmos numa situação de desequilíbrio tão intenso. Quem está mais cônscio é considerado alienígena.

Na procura de bases democráticas e situações mais equilibradas, foge-se do objetivo de grupos que não querem perder seus privilégios. Sabendo que a luta por um país mais de acordo com a filosofia humanística, coerente e racional é possível no mundo da dúvida sensata que leva à lógica.

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