Mais do mesmo


Por Guilherme Arêas

31/12/2016 às 07h00

Toda virada de ano é marcada por promessas. São metas para emagrecer, parar de fumar, limpar as gavetas, cuidar da saúde, entre outras. A despeito de nem sempre serem cumpridas, são renovadas, pois há sempre a expectativa de tudo ser diferente após a virada.

Desde junho de 2013, o povo tem ido às ruas na busca de mudanças. Primeiro, foi com um movimento de causas difusas, no qual cabia tudo, desde o protesto contra o Governo Dilma até o conflito com o professor. A partir daí, as ações foram articuladas, passaram pelo impeachment da presidente, pela queda de Eduardo Cunha e pelo incremento da Lava Jato.
Então, o que esperar de 2017? O ano começa sob o signo da incerteza, pois a economia, a despeito de uma ligeira reação, ainda não aponta para uma saída do túnel. Na política, os impasses permanecem, e os parlamentares, em vez de buscarem soluções, continuam olhando para o próprio umbigo.

Mas é preciso apostar no futuro, pois é possível mudar, mesmo que aos poucos, sobretudo por haver pela frente demandas fundamentais para a própria formação da cidadania. Os estados, ora falidos, precisam fazer o dever de casa, o Congresso tem que produzir reformas tanto na política quanto na instância tributária, o Governo precisa ser menos errático, e as instituições, em vez de um enfrentamento que chega às suas cúpulas, devem se situar melhor nesse novo contexto.

São muitos os desafios, mas apostar no novo ano é sempre um bom exercício, pois cria-se perspectiva, renova-se a expectativa de dias melhores, algo que todos querem, embora ainda haja os que sempre puxam para trás.

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