Ainda não há dados oficiais, mas as regiões que receberam as primeiras câmeras de vigilância do programa “Olho vivo” devem ter conseguido reduzir o número de ocorrências, ou, então, ampliada a sensação de segurança da população. Esta é uma das causas da cobrança feita aos órgãos públicos para instalação plena do projeto. As 54 câmeras, prometidas até o Natal, certamente, irão melhorar a segurança, sobretudo numa época em que crescem as ocorrências envolvendo os crimes contra o patrimônio, por causa da maior circulação de dinheiro.
O “Olho vivo”, porém, é apenas uma das etapas dos projetos de segurança que devem ser instalados no município. Durante a campanha, os candidatos a governador anunciaram mais investimentos para aumento da tropa, compra de equipamentos e implementação de outros investimentos. Como em Minas haverá mudança de guarda, espera-se que o governador eleito, Fernando Pimentel, leve as propostas adiante. A cidade, ao curso dos anos, assiste a uma redução sistemática dos efetivos, consideradas as comparações com o crescimento da cidade, e à falta de percepção da Secretaria de Defesa Social em considerar os índices de criminalidade insuficientes para adoção de outros programas, como o “Fica vivo”, de combate aos homicídios. O número de policiais encaminhados para o município fica aquém da necessidade.
A Tribuna vem discutindo essa questão há anos, da mesma forma que segmentos importantes, que encerraram no segundo semestre o Seminário de Segurança Pública, no qual foram levantadas diversas sugestões. Elas, de acordo com os formuladores, já foram entregues ao próximo governador. Que sejam, então, transformadas em realidade.