A DIFERENÇA SE FAZ
Aos 166 anos de emancipação, que comemora hoje, Juiz de Fora, da mesma forma que as metrópoles de seu porte, enfrenta importantes desafios. Um deles é capturar as virtudes dos grandes centros sem deles receber suas mazelas. Para isso, porém, é preciso olhar para o futuro sob a ótica do planejamento. Num cenário de desemprego desmesurado, o fluxo migratório tem se alocado nas periferias, ampliando os bolsões de pobreza. Para evitá-lo, é necessário gerar renda e emprego, algo difícil nos tempos de hoje. Mas é vital ir adiante.
A cidade, ao curso de sua história, sempre teve pessoas que fizeram a diferença, a despeito de todas as dificuldades. Na edição de hoje, a Tribuna mostra exemplos de superação e de desprendimento. São personagens que fugiram da acomodação e olharam além. Desta forma, esses atores que se revelam em ações simples, mas significativas, devem servir de exemplo, pois apostaram em si e nos seus parceiros, numa relação em que mais doam do que recebem, mas que vale a pena.
A Juiz de Fora que entrou no século XXI precisa desse olhar, sobretudo por ser polo de uma região. Não basta crescer sozinha, carecendo de trazer o seu entorno consigo, a fim de aproveitar-lhe as qualidades e ampliar o viés de regionalidade. Ao mesmo tempo, tem que enfatizar a sua vocação de encontrar outras âncoras para o seu crescimento. Se a Cidade Alta foi uma criação de Mello Reis, ainda no final dos anos 1970, a Zona Norte é o futuro.
Também hoje, a Tribuna mostra essa vocação, fruto de investimentos que estão prestes a ser inaugurados e outros por chegar. Para isso, porém, é fundamental planejamento, pois só dessa forma será possível garantir o crescimento com qualidade de vida para a população.