CONTRAPARTIDAS
O reajuste no preço dos pedágios pode até seguir os índices de inflação, mas é necessário discutir se eles estão se adequando às melhorias na pista e no atendimento aos usuários. Na direção de Brasília, cuja concessão é da Via 040, a discussão não chega ao patamar da virada para o Rio, na qual a Serra de Petrópolis continua sendo o desafio. Mesmo assim, não menos importante, é fundamental colocar em pauta os trechos críticos que ainda não têm perspectiva de solução.
O primeiro deles está a menos de 50km de Juiz de Fora. No trecho que corta a cidade de Santos Dumont, quatro viadutos em curva são autênticas armadilhas para os usuários. No fim de semana, embora não tenha havido vítimas, um novo acidente colocou em xeque a segurança da região. Dois carros bateram em cima de uma dessas pontes. Em outras ocasiões, os resultados foram trágicos, como o que vitimou o ex-presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora Paulo Roberto dos Santos.
Construídos no início dos anos 1960, quando a rodovia contornou a cidade, tais viadutos se tornaram obsoletos, como o das Almas, perto de Itabirito, já substituído por um mais novo e seguro. A concessão prevê o fim desses viadutos? É necessário que sim, pois de nada adiantará duplicar pista e colocar separação se os viadutos, em mão dupla e sem área de escape, continuarem.
A segunda questão passa pelo trecho entre Conselheiro Lafaiete e o trevo de Ouro Preto, onde a convivência entre caminhões das mineradoras e automóveis é um risco permanente. Há anos, várias comissões da Assembleia avaliam o problema, mas não saem do discurso. Com a concessão, esperava-se que o problema fosse resolvido. Por enquanto, ainda não.