Melhor esclarecer


Por Tribuna

26/01/2017 às 03h00

Em países em que a estrutura sanitária ainda é precária – no Brasil, a situação é crítica em algumas regiões -, doenças consideradas extintas tendem a reaparecer, num alerta que deveria fazer parte da rotina dos governos, especialmente nas áreas de saúde. Em Minas, vive-se o medo da febre amarela, resultado de causas ainda não explicadas, embora alguns pesquisadores estejam atribuindo ao acidente ambiental provocado pela Samarco em 2015 na região de Mariana. Coincidentemente, os principais focos da doença estão sendo registrados nas áreas cortadas pelo Rio Doce, que praticamente morreu quando a lama da represa de Bento Rodrigues ocupou o seu leito.

Há outras explicações, mas o que se espera, agora, é a retomada de investimentos para o combate de tais endemias, pois já há doenças em demasia para ocupar a rotina do cidadão. O mesmo mosquito, no caso o Aedes aegypti, é o portador da contaminação da febre, que se soma à chikungunya, à dengue e à zika. Deve, pois, ser o principal alvo das autoridades sanitárias.

Em Juiz de Fora, em momento oportuno, a secretária de Saúde, Beth Jucá, anunciou, ao lado de seus principais colaboradores nessa área, que não há casos em Juiz de Fora, mas ela também sabe que prevenir é melhor do que remediar, daí avisar que há doses suficientes de vacina para um eventual atendimento, advertindo, porém, que é melhor, antes de tudo, se informar, não apenas por conta das contraindicações, mas também pela necessidade ou não de imunização.

Por isso, como já vem fazendo com a dengue, o Governo precisa esclarecer à população sobre os riscos da febre amarela e as áreas onde ela tem maior incidência. Só assim será possível tranquilizar a população e, principalmente, evitar uma desnecessária corrida aos postos de atendimento.

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