SABEMOS FAZER
À medida que os Jogos Olímpicos se aproximavam e diante da instabilidade na segurança mundial, as medidas anunciadas pelo Governo brasileiro eram colocadas em xeque, e muitos atletas de ponta, temendo, entre outras coisas, os efeitos da zika, desistiram. Certamente, se arrependeram, porque o país deu mostras de maturidade na condução dos jogos dentro e fora das arenas, numa clara demonstração de competência.
Agora, encerradas as competições – Olimpíada e Paralimpíada -, a discussão se volta para o seu legado. O Rio já antecipou que a região portuária continuará ativa, pensando em transferir para lá parte dos eventos de fim de ano. Mas e os estádios? Muitos deles, quando construídos, já tinham seu desmonte anunciado, mas é preciso, agora, ter zelo com os que ficam e manter a política de investimentos no turismo, a fim de consolidar o fluxo de visitantes. Com segurança, é claro.
A propósito, os EUA, que tinham grande preocupação com os eventos no Sul do Equador, voltaram a ser palco de atentados, e Nova York, talvez a cidade com mais vigilância do mundo, se mostrou palco da intolerância. A segurança, hoje, não é mais uma demanda exclusiva de países como Brasil. Aqui, a origem é outra, sobretudo no tráfico de drogas e enfrentamento de gangues; pelo resto do mundo, o viés ideológico e religioso é o ponto de tensão.
Tanto uma como outra, porém, implicam preocupação, mas o que fica para nós, pelo menos nesse momento, é a necessidade de ir adiante e fazer dos jogos uma referência para outros passos, pois foi possível provar que sabemos fazer.