AOS NAVEGANTES
Na edição de ontem, a Tribuna ouviu o promotor de Justiça Cleverson Guedes e a advogada Fernanda Caprio sobre a campanha eleitoral, que, a despeito de só poder começar em 16 de agosto, já tem etapas que podem ser cumpridas pelos candidatos. Mas ambos deixaram claro que os abusos serão coibidos, pois a meta é estabelecer uma campanha com isonomia entre os candidatos, tenham eles recursos ou não, pelo menos nas redes sociais, caminho que será adotado pela maioria ante as mudanças nas regras e no encurtamento do processo de convencimento do eleitoral. Se antes eram 90 dias, agora são apenas 45.
A campanha deste ano está recheada de novidades, apesar de questões básicas que ficaram fora da reforma política. O fim do financiamento empresarial foi um avanço, por exigir, sobretudo, criatividade dos candidatos. Diz-se que os já conhecidos levarão vantagem, mas há controvérsia, embora haja sentido em tal assertiva. Num tempo em que a instância política vive um expressivo desgaste, os novos pretendentes podem mostrar ao eleitor que não ostentam os vícios anteriores, e aí a vantagem se inverte.
Com nove candidatos a prefeito – pelos números atuais -, a cidade terá oportunidade de acompanhar opiniões diversas sobre a gestão da Prefeitura, algo salutar, mas passível de atenção, pois nem tudo que é proposto é factível, sobretudo em tempos de vacas magras. Dirigir o município tornou-se um desafio, que levou muitos políticos a rejeitar a reeleição ante tamanhas dificuldades.
Com cerca de 400 mil eleitores, Juiz de Fora vive situação semelhante às cidades de seu porte, pois, além dos problemas próprios, por ser sede regional, também responde por questões dos municípios do seu entorno, principalmente na saúde, o que faz do Executivo um centro de demandas regionais. O desafio, portanto, é maior ainda.