Melhor prevenir

A recuperação das vias deve ser uma ação permanente para evitar as consequências do ciclo das chuvas, quando bueiros entupidos e buracos pelas vias trazem danos imensuráveis para a própria população


Por Tribuna

13/12/2019 às 06h58

Todos sabem que, a partir de dezembro, começa o período das chuvas, ocasião em que os problemas estruturais das cidades mais aparecem. Nessa quinta-feira, o juiz-forano acordou com vários pontos de alagamentos e trechos obstruídos por buracos. Como a Tribuna destacou, diversos motoristas que passaram pela Alameda Engenheiro Gentil Forn, via de acesso ao Bairro São Pedro, na Cidade Alta, foram surpreendidos por um extenso buraco que se formou no local entre o final da tarde e durante a noite de quarta-feira (11). “Aproximadamente 30 ocorrências foram atendidas pela Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) no trecho próximo ao número 1.000 da via, em incidente que causou fila de carros até a madrugada desta quinta (12). Durante a manhã, servidores da Empav realizaram intervenção na cavidade para prevenir novos problemas.” Situação semelhante foi verificada na Avenida JK, na altura da UPA Norte, com a abertura de um buraco de grande extensão.

Também é sabido que, em períodos de chuvas, mexer com terra, efetuar recapeamento é quase que trabalhar duas vezes, daí a importância de ações preventivas. Vários desses locais afetados já estavam deteriorados há algum tempo, e se tivessem sido recuperados não haveria danos de maior consequência. Afinal, é melhor prevenir do que remediar.

A reportagem tem apontado situações críticas, como a Avenida Senhor dos Passos, também na Cidade Alta, que se tornou um queijo suíço tal o volume de buracos. Com obras na BR-440, seu uso aumentou, e os motoristas fazem verdadeiro malabarismo para evitar danos aos veículos.

Não se desconhece a situação crítica da Empav, ora em fase de revitalização, mas é necessário que, a partir da chegada dos esperados recursos para recuperação de ruas, que se estabeleça uma política de antecipação, não se esgota no asfaltamento. Os bueiros, vira e mexe, estão entupidos pelo descarte irregular de lixo. A Prefeitura, também é fato, já fez a substituição de várias bocas de lobo que acabaram sendo furtadas, mas ainda há um grande passivo a ser superado para essa situação.

E aí entra também a comunidade. Os bueiros entopem pelo uso inadequado, e são pessoas, e não a natureza, que jogam o lixo nas vias. Insistir na conscientização não é um mero exercício de questionamento, e sim uma forma de se antecipar aos fatos, trazendo junto a população, pois, no final de tudo, é ela a parte mais afetada.

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