DEBATE AMBIENTAL
De nada adiantarão ações oficiais de combate à poluição, como as que estão sendo desenvolvidas em torno do Rio Paraibuna e afluentes, se não houver consenso popular sobre o que pode ou não ser feito. O Dia do Meio Ambiente, celebrado no domingo passado e durante toda esta semana, deve ser comemorado com reservas, já que ainda há incautos que não medem as consequências de seus gestos. A Tribuna, em sua primeira página, mostrou flagrante de um homem arrastando sacos e jogando restos de material de construção dentro do rio. Algo inadmissível diante de tanta informação disponível.
O pior é que não se trata de um ato isolado. A cidade tem testemunhado ações recorrentes de personagens que vivem deliberadamente alheios à realidade, atuando num mundo próprio, no qual tudo pode, tudo vale. Jogam lixo na rua e descartam móveis no curso do rio sem se importarem com os danos. Mas a falta de educação ambiental se explicita também em pequenas atitudes, como a do vizinho que coloca o lixo para fora mesmo sabendo que não haverá recolhimento, sobretudo em feriados. Quer se livrar da sujeira, não se importando em colocá-la, principalmente, na porta ao lado.
As políticas ambientais avançaram no país, e o Brasil tem sido um dos players no debate internacional, como ocorreu recentemente. Mas se, de dentro para fora, vamos bem, internamente, ainda há muito o que fazer, sobretudo na instância da educação. É preciso insistir em discutir o tema com veemência nas escolas, a fim de apontar para as próximas gerações que meio ambiente não é grife, e sim uma necessidade de sobrevivência. Pequenas ou grandes atitudes, se fora dos padrões, estão comprometendo o futuro do planeta.