APOSTA NO FUTURO
A cidade, mesmo que aos poucos, como o próprio país, está fazendo uma aposta no futuro, sob a regência da máxima de que não há mal que sempre dure, e de que é na crise que se encontram soluções. De fato, depois de um longo período de dificuldades, que levou à redução de postos de trabalho e ao fechamento de vários negócios, há sinais de recuperação econômica. Tímidos, ou não, eles apontam para um novo norte, e quem sai na frente ganha a vantagem. Na edição de ontem, a Tribuna mostrou vários projetos já em execução e outros prontos para sair do papel, próprios de quem olha para um novo cenário. A cidade ganhou um novo shopping center, os demais começam a ampliar seus espaços.Os supermercados estão não apenas aumentando suas lojas como também construindo outras unidades.
A recuperação econômica não é algo que se resolve por um passe de mágica, sobretudo quando tem que resolver danos pendentes, e que não são poucos, frutos de uma política econômica temerária, cujos resultados eram previstos, salvo na visão míope do Governo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenta recolocar o trem nos trilhos, mas também terá que convencer a instância política de que não se trata de uma nova panaceia.
Seu primeiro embate é resolver a dívida de estados e municípios, que, em alguns deles, tornou-se impagável, com consequências graves nas políticas públicas. Minas, a despeito de seu potencial econômico, vive um momento grave, com salários dos servidores parcelados e investimentos bloqueados. Várias obras estão retidas nas pranchetas sem sinais de quando serão executadas. A cidade, que assiste à retomada de projetos, também espera que na instância oficial se deem novos passos. Há, sobretudo, um projeto de importância vital que carece de ir adiante. O Hospital Regional, que já passou por vários governadores, continua sem data para findar suas obras físicas. Ele é estratégico para Juiz de Fora e para a região, principalmente por ser a saúde uma demanda de interesse coletivo e permanente.